Ontem foi um dia horrível. Foi o pior.
Custou imenso assistir a tudo.
Mas depois de tudo acabado, o que vinha à cabeça não era a imagem dela ali, a ser enterrada, mas sim, dela no hospital.
Passo o dia todo a pensar nela, mas doente.
Claro que nos está a custar imenso, afinal é tudo mais que recente.
O namorado levou-me a mim e à minha mana até "à casa dele".
Vimos um filme e ele só fazia palhaçadas... Mas tadinho, por mais que nos tentasse animar, animava um bocado e depois lá voltávamos à tristeza de sempre.
O meu avô, foi ter com os amigos e foi jogar às cartas.
Se por um lado pode parecer mal, por outro, estamos a tentar realmente levar a vida como antes.
É estranho, é como se andássemos todos mancos, mas é assim =(
Agora sinto é um peso enorme no coração, pois a minha mãe perdeu a mãe dela e a sua grande companhia. Elas iam juntas para todo o lado.
Eu quero continuar a ir ter com o namorado ao fim-de-semana, já que durante a semana estou sempre em casa.
Mas parece que sinto que os vou abandonar.
Que vou deixar a minha mãe sozinha.
Agora com a minha irmã de férias, é diferente, sempre tem a companhia dela, mas não vos sei explicar..... Por um lado, quero continuar a tentar fazer a vida normal, também não me posso prender.. Por outro, sinto que deveria ficar aqui.
Mas sinto a necessidade de sair mesmo.
E é assim que estou, confusa.
Parece-me que tudo é errado neste momento.
Se saio de casa, se alguém me faz dar uma gargalhada, se a música toca, mesmo que baixinho...
Sinto como se tivesse que ser chicoteada pelo que aconteceu e não andar a "sair" ou a sorri, mesmo que pouco.
Será que me entendem?
Muita força Cláudia! Eu entendo perfeitamente, já passei pelo menos - já não tenho avós - e sei bem o que custa. De início nada parece certo ou errado, é apenas um grande vazio. Tenta-mo-nos convencer que a vida continua, que é preciso voltar às nossas rotinas mas a verdade é que há sempre pequenas coisas que nos vão fazer lembrar. Ou aquela música, ou aquele prato, ou é aquela senhora que passa na rua e nos faz lembrar a avó. Eu já perdi a minha avó há 14 anos e é raro o dia em que não pense nela, mas a verdade é que à medida que o tempo vai passando, a dor vai atenuando. As saudades ficam para sempre, mas a dor vai ficando mais pequena. E vai chegar ao dia em que em vez de desatares a chorar porque vês algo que te faz lembrar a tua avó, vais sorrir porque vais conseguir associar os bons momentos que tiveste com ela. Mas é tudo muito recente para conseguires fazer isso. É preciso teres calma e paciência.
ResponderEliminarForça, muita força! Beijinhos***
Agora tudo leva o seu tempo e cada pessoa reage de sua maneira, forcinha minha querida! Gostava de te dar um abracinho!!
ResponderEliminarCláudia o que escreveu a Karina é bem verdade, acontece comigo em relação à minha mãe. Dou por mim a sorrir tantas vezes a lembrar-me dela, mas também choro. Já lá vão 7 anos, por vezes parece que foi há muito tempo e outras vezes parece que foi ontem...
ResponderEliminarNão te sintas culpada por rir, ouvir música ou seja pelo que for, lembra-te que a tua avó preferia de certeza ver-te feliz ;-)
Beijos/ A Mãe
Talvez andes agora um bocadinho perdida, é normal que assim seja mas logo logo as coisas voltam ao seu ritmo, vai ser um ritmo em que todos se vão ter de adaptar, mas a vida é assim uma mudança constante. Vai em frente e faz o que te manda o coração. Beijinhos
ResponderEliminarNão tens que te sentir culpada por passares o fim de semana fora de casa. Um dia terás de sair de casa para sempre. Para fazeres a tua vida. Não gostas menos deles por isso. E ao fim e ao cabo, a vida tem que continuar normalmente =/
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