Agradeço mesmo as vossas palavras. Acreditem, não são de mais.
Se ontem foi um dia duro, difícil, pesado, hoje é mais ainda.
Ontem estive 5 horas no velório. Não aguentei mais.
Quando lá cheguei comecei a chorar e começou-me a faltar o ar de um modo, os nervos eram em exagero que me senti mal.
Deixei de sentir o maxilar e os braços.
Ficou tudo tão dormente que perdi os meus movimentos nas mãos.
Nem vos sei explicar bem, mas as mãos não mexiam. Os dedos bloquearam. Não estava a mão mesmo fechada, nem aberta.... Para mexer no cabelo, tinha que ser a mão toda.
Após massagens e tudo mais, continuava na mesma.
Tive que sair de lá e fui literalmente dar uma volta.
Sempre de braços e mãos bloqueados e com duas pessoas a massajarem, a coisa estava complicada de voltar ao normal.
Estavam a ver que ainda tinham que ir ao hospital comigo.
Passado uma hora, talvez mais, comecei a sentir de novo os braços e a virem mais naturalmente os movimentos, até por fim, conseguir mexer os dedos, um de cada vez.
É demasiada dolorosa a situação.
Não estou a aguentar nem sei o que fazer para este sofrimento passar ou não ser tão forte.
Neste momento tenho 4 horas de sono em cima. 4 horas.
Aquilo que me dói mesmo em excesso, é ver o meu avô a sofrer.
Ele no velório levantou o pano umas tantas vezes, o que só por si me fez chorar pois não quero ver, magoa demais, mas sempre que levantava o pano perguntava à minha falecida avó: Estás a dormir não estás? Acorda. e ele começava a chorar pois não obtinha a resposta que queria.
Dói muito e sempre que digo isto, desato num choro violento, pois dói mesmo.
Parece que ainda há uma réstia de esperança para que ela acorde e diga que está bem. Diga que voltou para nós.
Hoje, visto que já passa da 00h, vamos cair na realidade às 14h30.
Não há volta a dar.
E sim, estou numa pilha de nervos.
Por ele, pela minha irmã, pela minha mãe que depois do problema que teve, também não está a 100% do coração e por mim, que já sei que vou entrar no mesmo choque.
Ai Deus, como preciso de forças.
Avó, descansa em paz.
Força mt força Cláudia, ela agora está bem e apesar de deixarmos de os ver eles passam a estar connosco de uma outra maneira e com um bocadinho mais de paz nos nossos corações q parece que após a cerimónia ficam pequeninos, pequeninos, mas pensando que acabou o sofrimento deles.
ResponderEliminarMuita força minha querida.
Margarida
É uma dor enorme, forcinha!!!
ResponderEliminarInfelizmente já passei por isso, com pqai e mãe, não é fácil e ficava muito ofendida quando as pessoas que o tempo cura tudo... mas é verdade o tempo é o nosso melhor amigo ;) confia nele e força.
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