Da caridade

Pelos vistos está na altura disso mesmo (supostamente também como o Natal, é quando o homem quiser, mas nesta altura as pessoas dão mais e pedem mais também) e eis que temos lá uma lista para ajudar crianças carenciadas de uma dita instituição. Pedidos esses, essenciais. Para serem dados às mesmas, no Natal.

9 prendas apenas, para clientes e quem quiser oferecer.

Nós, equipa daquele balcão, vamos oferecer uns ténis que uma criança pediu, pois não tinha nenhuns.

Até aqui tudo certo, pois trata-se de um bem essencial.

O resto dos bens essenciais, é que já não são assim tãão essenciais:

- Telemóvel;

- Action man;

- Consola =O

Oi? Desculpa? Consola?

Ora sabemos que são crianças e que precisam brincar, tudo certo. Mas quem, no seu perfeito juízo, escrevendo a lista para mandar para os balcões, deixa que a dita criança peça uma consola?

Sejamos sinceros, a probabilidade de levar uma, é nenhuma.

Uma coisa era roupa, comida e puzzles ou livros. Uns carritos e coisas assim. Agora consolas e até telemóveis?

Não me entra!

Quem fala disto, fala da campanha contra a fome, que vão pedir alimentos nos supers. 

Eu realmente adorava dar mais, também tivesse eu possibilidades, mas só de saber que muita gente leva para casa e não precisa, desculpem lá, mas não.

Sei de vários casos, que enchiam carrinhas pick ups de comida (pessoas que ajudavam na separação dos bens) e iam para a terrinha fazer ceias de Natal!

Uma gaita, pois claro!