quarta-feira, fevereiro 1

Desabafo

Sabem que eu não sou destas coisas, mas, há sempre uma primeira vez para tudo e melhor, eu quero começar a seguir mais à risca a minha tatoo...

"Sê a mudança que queres ver no mundo"...

Infelizmente, consigo dizer mais aos amigos que gosto deles do que à minha família.
Mas não é defeito, é feitio.

Depois de passadas as festas, e este ano a mana conseguiu ficar cá 1 semana inteira e eu consegui com que os "putos" que eu tomava conta viessem com a mãe passar o Natal conosco, eis que chegou a altura de todos irem embora.

E é aqui que eu quero chegar com este post...

Inicialmente não admiti a ninguém, porque na minha cabeça, era dar parte fraca.
Depois fui falando e fui vendo que é "natural".

Os primeiros a irem embora foram os putos e eis que ele se despede normalmente e eu sinto um aperto no peito e depois, a menina, agarra-se a mim, quase a chorar, mas mantendo-se sempre forte, a dizer que não se queria ir embora e que ia ter saudades.

Se não me engano, voltou atrás umas três ou quatro vezes para me abraçar...

E eu com o aperto no peito, a sentir vontade de chorar e de lhes dizer "não vão"...
Fiz-me de forte, claro.

Depois a mana vai embora.
Despedi-me dela "à bruta" pois já me estava a passar com aquela onda de "sentimentos maricas" que eu estava para ali a sentir...
Sempre numa "galhofa" forçada e fingida, mas eu no fundo queria era dizer-lhe também para não ir.

Do nada, a casa estava novamente vazia.
"Perdi" a mana e os "meus meninos".
Comecei a chorar. O aperto não foi embora e eu só sentia era um vazio.


Acabei por inicialmente contar ao namorado e eu sempre a dizer "bolas, ando maricas, que é isto".
Depois contei às duas colegas do trabalho e elas "é perfeitamente normal Cláudia"
E lá contei à Mana que me disse o mesmo "quando se gosta é assim, chora-se por se ver as pessoas irem embora. A mim também me custa"

E é isto.
Acabei de o contar a vocês.

Acreditem, isto para mim também é novidade.
Esta coisa toda de me estar a tornar efectivamente "maricas" ou sentimental é uma coisa que é completamente novidade.
Claro que não sou insensível, mas parece que desde que morreu a minha avó materna que se despertou algo em mim...

Disse inclusive à mana que preferia não a ver, do que vê-la e ter que me despedir dela, porque custa.
Principalmente da mana, porque sempre tivemos uma relação muito próxima e ela agora no Porto, está muito longe. Chego a ficar mais de 6 meses sem a ver...

E o que eu lhe peço tanto para ela voltar...

Não sei se sinto saudades, claro que gosto de os ver, mas sei que me fazem cá uma falta...


7 comentários:

  1. Estar longe daqueles de quem mais gostamos não é fácil...

    Isabel Sá
    Brilhos da Moda

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  2. As despedidas custam sempre, custam muito, mas preocupa-te em viver o momento em que estás com eles, sem preocupações. As saudades vão existir...
    Beijinhos

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  3. Vive em pleno os momentos que estão juntos.
    Aproveita-os ao máximo, cria memórias bonitas e enche o teu coração.
    Depois quando a saudade vier recorda os momentos que viveram.
    A saudade dói, mas também torna os reencontros mais ansiados e desejados.

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  4. Não acho isso nada estranho!!! Quando se gosta muito de alguém as despedidas são sempre dolorosas...
    beijinhos e força!
    http://direitoporlinhastortas-id.blogspot.com/

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  5. Com o tempo, as pessoas começam a dar mais importância aos afetos.

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  6. A minha irmã é assim... mas raramente fala no final :P

    Eu sou bem mais emotiva :/

    Beijinho,

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  7. Olá Claudia!gosto de te ler e hoje ao ler o teu post queria dar uma sugestão porque não vens ao porto ter com a tua mana mais vezes ou porque não combinam a meio do caminho por exemplo em Coimbra e passam um dia juntas, é só uma sugestão.beijinhos.

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