Desde que e lembro que sempre disse que não queria ter filhos.
Penso que, há quase 31 anos que o digo.
Nunca senti vontade, nunca senti ligação nenhuma.
Não quer isso dizer que, aos que me dizem algo, eu não goste, não brinque ou não mime.
Mas eles são giros, nos outros....
Nunca tratei mal nenhum, Deus me livre, mas eles lá, eu cá.
Também já disse que efectivamente não sei o dia de amanhã. Até agora não há cá relógios biológicos, carrinhos, roupinhas, etc, que despertem algo em mim. Mas não sei se, daqui a 2 ou 3 anos não despertará... duvido, mas não sei.
Desde o 1 mês de namoro que disse ao marido que não queria ter filhos. Ele sempre pensou que eu ia mudar, principalmente com o avançar da relação, mas eu mantive a minha decisão, tanto é que a vontade, quase 15 anos depois, nunca veio.
Antes de casarmos falámos nisto também. Nem um nosso, nem adoptar, nem coisa nenhuma. Não quero.
Ficou tudo esclarecido, nunca menti, nunca dei esperanças.
Pois, do nada, ele agora lembrou-se que quer filhos. Que quer construir uma família comigo.
Têm sido discussões de meia noite porque era um assunto que, para mim, estava morto e enterrado.
Já não sei o que dizer e fazer, mas mantenho a minha decisão.
Quer isto dizer que, ou ele acalma a vontade, ou vai ser pai com outra mulher.
Andamos a falar em divórcio, infelizmente e com muito custo, porque efectivamente eu consigo corresponder aos objectivos dele....
Mas há uma revolta enorme em mim pois, como expliquei em cima, este assunto estava mais que falado.
Olá Cláudia,
ResponderEliminarSempre foste sincera com o teu namorado/marido, por isso não é justo ele estar a colocar-te nesta posição.
Espero que corra tudo pelo melhor.
Força, beijinhos.
É uma situação complicada...se tudo foi esclarecido, ele não foi enganado. Que ele tente mudar-te as ideias, ainda vá que não vá, agora falar em divorcio é grave...espero que as coisas melhorem por aí.
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Passamos por isso aqui, porque sou como tu e sempre fui clara, desde o início.
ResponderEliminarHá 3 anos trabalhei-me para ir de encontro ao desejo dele, mas ainda não aconteceu.
A verdade é que, devido a problemas de saúde familiar, deixou de ser uma prioridade de casal no último ano.
E agora é ele que diz que já não tem o maior interesse em ter filhos.
Recomendo-vos falar, a sério, sem pressões.
Perceber de onde vem este súbito interesse dele, o "desrespeito" pelo vosso acordo.
E o futuro logo se vê.
Força e um beijinho grande,
Ai.. e que poderoso desabafo, ainda li este post ontem a noite mas pensei que nada daquilo que fosse dizer pudesse ajudar num caso tão delicado quanto este minha querida Cláudia.
ResponderEliminarDe todo não é uma situação fácil e para mais é como tu escreves, foste assertiva desde o vosso primeiro dia que não desejavas ter filhos.
Desejo que cheguem a um acordo, e com um final feliz de preferência.
Li a tua publicação pela manhã, quando vi o titulo pensei que seria algo completamente diferente daquilo que descreves no final.
ResponderEliminarFiquei triste. Não te conheço é certo, mas entristeceu-me ler o teu relato.
O facto de teres deixado sempre tão bem "claro" que não era um sonho teu, que não tinhas vontade "de" e o facto de nunca teres dado esperanças… ele já devia compreender e saber perfeitamente que seria algo que não teriam quando decidiu "ficar" contigo.
Espero que sejas forte o suficiente para levares avante os teus ideias, sejam "não seres mãe" ou pelo contrario "sê-lo".
Que tudo se resolva e consigam ultrapassar esta fase <3
beijinho
Cláudia, boa tarde!!
ResponderEliminarQuero que me perdoe estar sempre dando opiniões. Preocupo-me de, às vezes, ser invasivo. É que passo a vida aconselhando.
Se me perdoa, gostaria de dizer algumas coisas sobre o que você postou. Não temos aqui uma situação, mas três. E cada uma delas deve carregar, no mínimo, três verdades.
1. Começou-se um relacionamento com uma premissa: você não desejava ter filhos. As três verdades dessa premissa foram: a. que você não quer; b. que você deixa um brevíssimo parêntesis de que talvez isso pudesse de alguma forma mudar; mas vê isso como muito difícil; c. que seu namorado e depois marido esperava que você mudasse. Claro está que havia nele algum desejo de ter o filho, senão, ele diria: “que maravilhoso que você não quer, pois também eu nem me imagino!”
A análise destas verdades da primeira premissa é que aparenta isto: a. vocês estavam mais centrados no relacionamento que nessa condição, envolveram-se porque se identificavam ou se gostavam muito, e nenhum dos dois quis pôr um sine qua non sobre filhos. Ele precisava decidir-se, antes de aprofundar o relacionamento, se iria querer o filho algum dia, se tinha esperança, ou se terminava com você e nenhum dos dois sofreria muito. Você precisava dizer enfaticamente a ele: “eu não vou ter filho, e se você me falar nisso algum dia, nós nos separaremos, divorciaremos, porque eu não terei.” Ainda que você a si mesma dê uma pequena lacuna de possibilidade, algo como 1%, não podia dar a esperança a ele, ou alimentar a esperança dele. Vocês se concentraram no relacionamento, não queriam se perder, deixaram passar o momento correto da decisão, e se me perguntassem lá atrás sobre isto, eu diria: vem muita resignação de um dos dois ou muito sofrimento por aí, porque a chance de não dar errado é proporcional à esperança (só 1%!!).
Claudia, como esse comentário já está enorme, e ficaria três ou quatro vezes maior, deixo esta parte para sua leitura. Se desejar que eu apague, ou se desejar apagar, por favor, fique à vontade, é seu blog. Quis apenas ajudar.
Se você desejar a continuação, meu e-mail é angelofeinhardt@gmail.com, e estou à disposição de vocês dois.
Um abraço muito carinhoso
Ângelo Fe
Não sou grande exemplo para falar e já tens feedbacks em cima para refletir. Porém nestas coisas e sobretudo nas mulheres noto que o que hoje sentem, amanhã já não. Até teres a tua vida definida, tens outras prioridades. Com a tua vida mais estabilizada, o teu relógio biológico pode despertar :)
ResponderEliminarPorém, acho que é um assunto vosso.
É curioso que há cerca de um ano fiz uma publicação no blog sobre este mesmo assunto a perguntar aos leitores qual seria a escolha numa situação destas e o teu comentário foi este:
ResponderEliminar"Bem, esse assunto é sério e só mesmo quem está nele poderá falar.
Não me consigo imaginar nessa situação, porque, sou eu mesma que não quero ter filhos. Mas ele quer, muito.
Mas desde o 1º dia que eu lhe disse que não queria filhos. Mas se a vontade dele foi superior, terá, até à data, que tentar encontrar a felicidade dele com outra pessoa."
Lamento que agora já saibas o que é estar nessa situação e espero que tudo se resolva pelo melhor. Acredito que seja um momento muito complicado. Porque não se muda algo assim, um dos dois vai ter que abdicar dos seus objectivos, se quiserem manter-se juntos e isso pode reflectir-se mais tarde num ressentimento contra a outra pessoa :/
Força e um beijinho