quinta-feira, junho 30

Coisas com significado

Nas limpezas de Primavera, apanhei uns postais que fui dando ao marido ao longo de alguns anos de namoro. Um livrinho de poemas românticos, um cd, etc.

Por um lado, o minimalismo disse-me para deitar aquilo tudo fora.

Por outro lado, o marido sempre quis guardar aquilo porque eu tinha dado.

Mas para mim, para além de aquilo não ter utilidade nenhuma (admito que eram muito poucos e já perceberão porquê), quando os li, já não me faziam sentido.

Sentimentos de início de relação, sentimentos que ficaram no passado, principalmente porque eu estou uma Cláudia diferente e a relação já está desgastada. Li coisas das quais, agora com outra consciência, me envergonhei de ter escrito (e não pensem que eram coisas badalhocas, nada disso. Eram românticas, talvez demais, a mostrar alguma "dependência").

E sabem o que fiz?

Rasguei aquilo tudo, sem ele saber, claro. E parti o CD. Tudo fora.

Senti um alívio grande. Senti que quebrei um ciclo.

O livro de poemas deixei ficar. É um livro de poemas. Ponto. 

O resto, tudo para o lixo.

Hoje em dia, bem que me escusa de pedir para escrever o que quer que seja, porque simplesmente não consigo. Já não sinto que seja paixão, até porque essa acaba. É talvez um amor maduro, mas cansado. E talvez esse cansaço me impeça de escrever o que quer que seja, mesmo a frase mais simples.

Até também poderá ser porque já escrevi, a valorização era pouca e então agora bem pode querer que já não há mais.

Mas senti acima de tudo, que o tinha que fazer. Senti mesmo que quebrei um ciclo e mais uma vez, estou a sentir mais mudança em mim.

As dores do "crescimento" estão a ser algumas, posso ter recuos, posso nem conseguir chegar onde quero, mas estou-me a focar só no que poderá sair de bom daqui e é isso que interessa.

Vocês costumam deitar estas coisinhas fora?



quarta-feira, junho 29

Eu, depois eu, a seguir eu

Não sei se se recordam, mas no dia da prova do marido lá nos Fuzileiros, nós éramos para ir almoçar com uma amiga minha.

Fui com ele não só por causa disso, até porque já tinha decidido ir, mas o facto de ir estar com ela, sempre aliviava o tempo que ia estar lá sozinha. E já não a vejo aos anos, apesar de falarmos todos dias.

Pois que começaram as complicações. Porque isto, porque aquilo, porque aqueloutro...

Depois sugeriu ir-me apanhar lá e depois o marido ia ter connosco. Independentemente de ele merecer ou não essa atitude, eu não era capaz de a ter.

1º era eu que tinha as coisas todas dele, telemóvel incluído. Até de outras pessoas também.

2º não tinha jeito nenhum andar para trás e para a frente, sabendo que ele não devia demorar mais que 1h na própria prova.

O que me fez tomar a decisão de não ir, foi mesmo uma frase que ela disse:

- Não vou aí fazer nada, aí não há nada para fazer...

Ora, realmente ali não havia nada para fazer. Mas se me fosse lá buscar e fossemos para um café, no café, de igual modo ou pior, também não teria nada para fazer!

Íamos apenas conversar. Tanto se conversava numa esplanada, como sentadas num passeio qualquer. Basta querer/haver vontade.

Ela não quis e eu também não. Principalmente porque não fazia sentido. Segundamente pela atitude tomada.

E em comentário com o marido, que serviu igualmente para o alertar/mandar boca, que vou-me deixar destas "merdas" de estar disponível sempre para as pessoas e as pessoas não estarem para mim. De andar atrás das pessoas para saber se estão bem e ninguém perguntar como ando. De mover mundos, tirar horas ao trabalho, colocar dias de férias para ver este ou aquele e ninguém o fazer por mim.

Para mim, chega. Acabou. Acabou eu estar 100% disponível para todos e "todos" estão a 50% ou menos. Também tenho a minha vida, as minhas coisas para fazer. E chega de tentar "não magoar" os outros. Se levarem a mal por eu dizer um não, azar. 

Eu é que não posso me magoar a mim, perder a minha paz, andar a rastejar por migalhas.

Sinto que as pessoas estão a fazer "um favor" e para mim não dá.



terça-feira, junho 28

Limpezas de Primavera

Como vos disse, antes de irmos de férias, as pequenas, fizemos estas limpezas cá por casa.

E que limpezas são essas?

São aquelas limpezas em que se tira tudo de dentro dos móveis, vê-se o que se quer manter/deitar fora/doar e volta-se a arrumar, mas já mais organizado.

Eu faço estas limpezas com dois grandes objectivos:

1º - limpar aquilo que só é limpo profundamente nestas ocasiões;

2º - Destralhar

Apesar de eu tentar seguir uma vida minimalista, fiquei chocada com a quantidade de coisas que deitei fora/doei.

Aquilo que foi fora, maioritariamente, foi papel. Caixas de sapatos que se ia guardando porque tinha que ser mas depois já não fazia sentido, caixas de coisas que se vai comprando e tem que se guardar por causa dos tais 15 dias para troca e acabam por ficar no esquecimento, papéis de cursos que já não interessam, etc.

Maioritariamente o que doei, foi roupa. Também coloquei uns sapatos e uma mala, mas o bolo foi mesmo roupa.

E aqui na minha casa tenho ainda mais noção das coisas. 

Se em 5 anos não usei, qual a probabilidade de usar daqui para a frente? Nenhuma! Siga, saco das doações. Fiz isto com bikinis, tops, t shirts, calças, vestidos, etc. E acreditem, não tenho muita roupa! Mas quis realmente livrar-me das peças mais antigas, só ocupam espaço, criam o caos e promovem a desorganização.

O marido também deu algumas coisas, mas muito poucas. Ainda se livrou de umas calças e um camisolão bem antigo que ele tinha.

Não há necessidade de também se ter peças tão velhas.

Até cuecas deitei fora. Mais antigas, mais "infantis", lixo.

O espaço agradece, que fica mais livre, alguém que precisa mais que eu vai ficar contente com a roupa e a organização impera.

E sem saber, fui pesquisar e acho que é Feng Shui, eu comentei que destralhar a casa e fazer estas limpezas a fundo, a tornam mais "leve" a nível de energias. Sinto que as renovam.



segunda-feira, junho 27

Do fim-de-semana

Calmo, calmíssimo! 😅

Quem me segue há mais tempo, tem noção do corre corre que são sempre os meus fins-de-semana. Mas este, Jesus, uma paz de alma.

Sexta fui logo às compras sozinha.

Sábado foi dia de limpar parte da casa, mas li, fiz uma sesta e treinei.

Vi séries e filmes.

Domingo fiz receitas maravilhosas, fiz mais uma sesta e li e acabei de tratar da casa e vi um filme e e e!

Só não saí de casa 😛

Mas acabei por fazer tudo.

Só não saí de casa, excepto para treinar 😛

Por aí, que se fez?



sábado, junho 25

Até já

Último fim-de-semana antes das férias.

Não sei se fiz bem em ter férias assim tão juntas, mas agora já está... 😅

Fim-de-semana de limpezas normais à casa, já que se fez há pouco tempo as limpezas de Primavera.

Algumas receitas que têm de ser feitas.

Depois,não sei mais. 😂

Quero continuar a ler e ver se treino. Mas vai ser um fim-de-semana calminho, para variar um bocado.

Por aí, divirtam-se!



sexta-feira, junho 24

As provas do marido e os nervos

O marido sempre fez provas, como sabem.

Para mim, sempre em demasia. E ele não sabia bem o que queria. Ora queria ficar grande e musculado, ora queria engordar para ter mais peso, mas saudável... Ora que emagreceu. Parece que esses dias de dúvidas acabaram.

Está focado numa coisa e assim se notou, pois começou a levar as provas mais a sério.

Antes ia a todas, pagava rios de dinheiro e ia na desportiva. Nervos? Zero. Balúrdios gastos não só nas provas, mas na deslocação, alimentação e muitas vezes, na dormida. Em termos de gastos, tudo igual.

Desde que descobriu o que quer e com isso veio a dieta, perda de peso e um foco diferente nos treinos, que começou a levar a coisa mais a sério e deixou-se de macacadas nas provas.

(Já não se inscreve em todas, apesar de continuarem a ser muitas. E claro, treina todos os dias, fds incluído.)

Já foi a um pódio de 3º lugar. E tem ficado algumas vezes em 4º lugar, que é aquele lugar da treta. Então na última prova a que foi, ficaram em 4º lugar por 12s. 12s senhores. É mau de mais.

Mas achei graça a um comentário dele, nesta última prova.

É que antes, os nervos eram zero. Como ia na brincadeira, tranquilo.

Como agora quer ir a competir, a coisa mudou de figura.

Sente nervos. Está na partida cheio de nervos. E não sabe como controlar.

Só me virei para ele e lhe disse: vês o que eu digo quando estou nervosa? É isso que estás a sentir só agora, mas sinto o dia todo.

E só assim as pessoas percebem. Passando pelo mesmo, mesmo que seja só ali aquele bocadinho.

As coisas "físicas" que ele sente e se tornam cansativas e é só ali uns minutos, imaginem multiplicar isso por um dia inteiro. Todos os dias.

Ter ansiedade cansa. Muitas vezes até dói. Porque os músculos não relaxam. E a barriga dói. As costas doem, dói tudo. Não nos deixa dormir. Perdemos o apetite ou temos um apetite voraz. Queremos fazer tudo ou nada. Depende dos dias.



quinta-feira, junho 23

DIY

Não que tenha descoberto agora jeito para a coisa, mas sabem porque comecei a fazer os quadros-mealheiros?

Porque queria muito um para mim, mas achava todos caros.

E sim, mais caros que os meus (só digo preços por email).

Então agarrei num, a cobaia foi a minha irmã, pintei, coloquei um fundo, uma frase... O resultado final foi brutal!

Entretanto foram aparecendo outros e posso-vos dizer que... não tenho ainda nenhum meu 😂

Mas tenho este "bichinho" já há que tempos.

Quer com a comida, que dei o exemplo há dias, quer com coisinhas que veja.

Como é óbvio, mais uma vez, não consigo chegar a todo o lado. Mas as coisas que vou querendo, até parece que me consigo desenrascar.

Ando há que tempos a ver uns quadros, pintados à mão, tipo estes abaixo:

 

Já vi a pedirem 40€ ou mais por isto. Atenção, eu sei que as madeiras tratadas são caras, as tintas idem, tem o trabalho, material, etc para pagar, mas não se esqueçam que, consoante a loja que o venda, pagam também a "marca".

E eu não quero dar 40€ ou mais, por um quadro destes.

A verdade é que, mais uma vez, ainda não o fiz, mas sinto que o vou conseguir fazer relativamente fácil. Basta eu querer mesmo o quadro e ter tempo para...

Para terem noção, até um queimador de madeira já tive para comprar para fazer coisas do género:

 

Muitas vezes dá é o medo, de realmente eu pensar que consigo fazer e não consigo, medo de errar, falta de tempo e sei lá mais quantas "desculpas" que passamos a vida a dizer a nós próprios.