sexta-feira, fevereiro 3

Do avô

Ele já saiu dos cuidados continuados e já está no lar. Não lhe chamamos muito de lar ao pé dele. Chamamos mais de centro de dia. Mas ele vai lá ficar a dormir e a fazer a vida dele toda.

É mais perto das nossas casas. As visitas não são tão longas. 

Penso que nesta parte, é bom, apesar de tudo.

As visitas ao outro lado ainda consumiam 2h no meu Sábado e outras 2h no meu Domingo. Apesar de eu querer ir vê-lo, admito que se tornava um bocado apertado para fazer tudo. Agora consigo vê-lo à mesma, não perdendo quase 1h em deslocações. 

Ainda pouco ou nada sabemos do espaço. Só com o tempo é que começamos a ter uma melhor e mais real ideia do mesmo.

 Mas é bom saber que está na sala de convívio, que já anda lá a conversar imenso. 

Espero que tenha de facto mais atenção. Passava horas e horas sozinho, no outro lado, uma vez que o colega do antigo quarto dele não falava, não andava, nada. Espero que o companheiro de quarto agora seja melhor nestes aspectos e até puxe por ele.

Serão cenas de um próximo episódio.

Mas não me posso mesmo esquecer é que ele já vai a caminho dos 92 anos.

Que já não é só o problema do avc que teve, que o impede de melhorar. É a própria idade. É a própria cabeça dele. A demência que tem, característica da idade, já o impossibilita de muita coisa.

Tem dores aqui e ali. Vai-se queixando mas não tem sido nada de mais, apesar de tudo.

Espero que seja bem tratado.

Nós vamos andar em cima disso.

Porque eu sei que é um trabalho que poucos querem ter, mas não permitirei que mal tratem quem quer que seja, muito menos os meus.



5 comentários:

  1. Ojala este bien es muy dificil encontrar un buen lugar para las personas de edad. Te mando un beso.

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  2. É sempre bom ver melhoras seja de saúde ou de "hospedagem", porém, 92 anos não é brincadeira. Lembra-te disso...
    .
    Deambulo pelos labirintos do destino...
    .
    Beijos
    Bom fim de semana.

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  3. Que tudo corra bem. Sobretudo para ele, não é, Cláudia.

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  4. A vigilância é muito importante. Ouvimos cada coisa mais horrorosa nas notícias. felizmente a minha avó ainda vive connosco, mas é mais nova.

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