sexta-feira, abril 21

Do avô

No seguimento do post de ontem, que o criei por causa desta situação mesmo, venho falar disto.

No dia da minha "festa de anos" em que estive com a família e no dia de Páscoa que nos juntámos à mesma, o meu avô não esteve presente.

A minha mãe já me tinha falado, não havia muitas certezas, até que as houve.

Ele não anda, para ir ao wc é um custo e tê-lo num restaurante é impensável. Pior, não consegue comer sozinho. Se fosse em casa, pior era. Não o conseguíamos carregar até ao 1º andar.

Quando soube que a decisão da minha mãe era que ele não fosse, mas sim nós lá, na visita normal, fiquei triste.

Mas então, pus a bombar a ideia do post de ontem.

Eu faço anos, eu quero o meu avô presente. A minha mãe sabia que me estava a custar e a ela também, mas era o que tinha que ser.

Até que me lembrei...

Não vai Maomé à montanha, vai a montanha a Maomé!

No dia da festa lá fomos. Depois de almoço, agarrei na minha mãe, marido, irmã, cunhado e cão, fomos buscar o meu avô na cadeira de rodas e fomos para uma esplanada. Viu toda a gente, brincou com o cão, estava feliz. E eu também.

Soube-me pela vida.

Ele até chorou no final, pois disse que sentiu calor... humano.

Como não me agradou o "não" recebido da minha mãe, apesar de ter noção que não foi por mal, arranjei esta solução que me acalmou um pouco mais o coração.



5 comentários:

  1. Es muy lindo lo que hiciste por tu abuelo. Te mando un beso.

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  2. Emotivo.

    Que boa é a vida enquanto os temos. Obrigada Cláudia, por esse carinho.

    Certamente ele merece, todos merecem.
    Um beijinho

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  3. Decisão linda, humana, maravilhosa que, muito aplaudo e elogio
    .
    Feliz fim de semana.
    .
    Poema: “” Traições são trilhos sem nada ””…
    .

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  4. Quando a gente gosta há (quase) sempre uma solução.

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