Estar no trabalho, receber a folha dos processamentos, que depois da colega tratar de tudo, eu tenho que os integrar, e ver que recebo APENAS mais 12,70€ acima do ordenado mínimo.
É realmente um orgulho do caraças!
Não fosse o valor que recebo por fora e podem ver a fortuna que ganho.
Dá orgulho andar a trabalhar nesta empresa. Ou em tantas outras, que pouco acima querem pagar.
Dá orgulho ver que valeu a pena gastar balúrdios num curso.
Dá orgulho ver que não sei o que vai ser deste futuro!
Mais uma vez, ainda bem que invisto e ainda bem que a prestação da casa, apesar de tudo, é baixa. Mas mudar de casa? Está completamente fora de questão. Uma prestação mais alta, era a nossa ruína.
Não pensar bem onde se gasta o dinheiro? Esqueçam. Não dá.
Viver sozinho/a com este ordenado? Esqueçam.
Ainda bem que invisto. Ainda bem que, quando pude, juntei o máximo de dinheiro que consegui...
É triste esta realidade.
Sim, os ordenados nesta empresa são mesmo muito baixos. O salário médio já foi comido pelo salário mínimo.
Mas depois ainda vêm dizer que sou imprescindível...
Enfim, viva à motivação.
Nem sei o que comentar...
ResponderEliminarEstas coisas fazem-me sentir uma revolta tremenda. Às vezes ponho-me a pensar que o que este país (e outros também) precisava era de ser gerido por donas de casa. Ou melhor, por quem faz das tripas coração para conseguir chegar ao fim do mês com as contas todas pagas e sem passar fome; por quem sabe realmente gerir um orçamento real, estabelecer prioridades e esticar a corda até ao último milímetro. Enfim, por enquanto ainda não pagamos imposto por sonhar!
Um beijinho :)
Sem comentários mesmo, é o que dizes, não fosse esse por fora e a tua valorização de estudo era nula, durante tantos anos a estudar para estar no mesmo patamar de quem não estudou, economicamente.
ResponderEliminarÓbvio que quem não estudou também merece salário e etc, mas é frustrante estes casos assim sim!
Beijinho
Essa do imprescindível fez-me lembrar como realmente funciona este país há mais de 20 anos. Porque foi exatamente há mais de 2 décadas que me encontrava grávida de 3 meses, e após um período de 1 ano de estágio profissional, e 3 de trabalho efetivo e de muita dedicação, não me renovaram o contrato. Perguntei se já não acompanhava as necessidades da empresa, de alguma forma me consideravam despreparada para algo me concreto... ouvi a justificação mais bizarra: não, não. A Soraia, até é a nossa melhor funcionária! (!!!)
ResponderEliminarPouco mudou, infelizmente.
Haja saúde, querida Cláudia. E paciência!!!!
Beijinhos
Nos últimos anos há cursos superiores que não vale a pena perder tempo/dinheiro a tirar.
ResponderEliminarE com a subida do salário mínimo quem ganhava relativamente bem está a ser empurrado para o salário mínimo.
Solução? Emigrar.
Tenho vários colegas (qualificados) que, aos 40s, decidiram emigrar. Trabalham na mesma área, metade do mês em teletrabalho (se quiserem em Portugal) e ganham mais do dobro.
Bjs,
SM