Já fiz aqui vários textos acerca disto, mas cada vez isto está pior.
Nos meus anos e no dia em que se comemorou 19 anos juntos, de relação, que decidi e apetecia-me fazer tipo petiscada. E foi o que fizemos. Mas meu Deus, que caro.
No passado dia 23 de Abril, fomos para Cascais e lá decidi que queria petiscar.
Posso dizer, para começar, que pedimos uma tosta (que pensávamos que era em pão de Mafra, aquelas grandes) e paguei 8€ por uma tosta de frango de pão de forma! Fiquei parva.
Depois fomos a outro local, onde para começar, os preços cá fora eram diferentes na carta. Só para começar. Depois então pedimos as coisas. Paguei 25€ por 2 croquetes, 2 bolinhas de alheira, 4 fatias de pão e pica-pau. Mas o pica-pau vinha tão mas tão pouca quantidade. Meu Deus. Agarrámos e não fomos a mais sítio nenhum. Que roubalheira.
Com 14€ (do pica-pau) comprava mais de 1kg de carne e fazia em casa pica-pau que nunca mais acabava, além de ter bebidas e pão. E duvido que gastasse os 14€. Eu sei que tem que se pagar os funcionários, o espaço, a água, tudo, mas isto é ser assaltado e deixar-se, sem refilar ou oferecer qualquer tipo de resistência. É que era tão pouco que tinha que vir bem espalhado para "tapar o fundo".
Já aqui falei e repito, cada vez mais, fazer em casa é a opção. E ainda bem que sei/sabemos cozinhar e me/nos desafio/desafiamos neste campo.
Ir comer fora só mesmo em dias especiais e a sítios que seja difícil fazer em casa, por exemplo comida Chinesa ou Indiana...
É que por exemplo, há aqui um buffet de pizzas que custa 20€ por pessoa, ou mais. Ok, as pizzas são boas mas é uma massa tão fina e apenas um ingrediente em cada fatia, que eu até fiquei louca quando vi o preço.
Em casa, ou fazem a massa de base ou se não quiserem ter trabalho compram bases já feitas ou usam pão de wrap e voilá, têm bases de pizzas. Podem comprar 50g ou menos de chourição ou outros "recheios" que queiram pôr na pizza e têm aqui uma noite de pizzas por metade ou menos do preço.
Comida mexicana, o que normalmente comemos no restaurante, digo-vos já que também faço em casa. Pode não ficar 100% igual, mas fica 50% ou 60% e sabe bem e gasta-se metade ou menos do valor de um restaurante Mexicano.
Italiano, gosto muito, mas realmente para comer pizzas, mais vale em casa. Massas, facilmente se aprende a fazer em casa.
Ir comer pregos/bifanas fora? A não ser que tenham algum ingrediente para lá de especial, esqueçam, para isso como em casa.
Mais uma vez, sair é bom, comer fora é bom e vou continuar a fazê-lo. Mas cada vez mais tem que ser uma coisa pensada. É que anda tudo tão caro... E somos só dois. Eu imagino casais com 1 ou 2 filhos.
Até nos restaurantes dos Super's, já compensou mais lá comer. Preços aumentaram, quantidades e qualidades, diminuíram bastante!
Comer afuera es caro y la comida siempre es muy condimentada o grasosa. Te mando un beso.
ResponderEliminarTambém já fomos mais de sair para refeições fora já, longe e em passeios fica caro mesmo, por cá por enquanto ainda não noto assim muita diferença, mas o nosso meio é mais pequeno, nós conseguimos sair e ter uma refeição, mesmo refeição (não petiscos), com sobremesa e bebida por 25€ para os dois.
ResponderEliminarEu acho que também depende da zona e do acesso "turístico". O mal disto é não pensarem no povo "da casa", turistas têm dinheiro sim, e vêm para consumir fora sim, mas em casa de novas pandemias ou similares, não se esqueçam que é quem é da terra é que os sustenta.
Enfim, ... muito haveria a dizer sobre este tema. Infelizmente.
Beijinho Cláudia :)
Olá Cláudia.
ResponderEliminarOlha, verdade, tudo encareceu e portanto a restauração seguiu a mesma inflação.
É verdade que há sítios com muito má relação qualidade/preço, e no entanto, há outros em que percebes que a qualidade justifica pagares o que se paga (precisamente pelo que referes, o aluguer do espaço, funcionários, a qualidade dos produtos que utilizam para a confeção, a qualidade das loiças, etc.).
Pessoalmente não encaro o ir comer fora como uma coisa automática de suprir a fome, para nós, em família, é um momento de fuga à loucura que são os dias e os horários. Sentamos e usufruímos efetivamente da companhia, conversamos, relaxamos, saboreamos a gastronomia, sem ter a preocupação de estar de volta de tachos e panelas, arrumar a cozinha (que às vezes fica em estado de sítio com ementas elaboradas). Portanto tentamos ser sempre mais criteriosos nos locais que escolhemos para a refeição. Fugimos de lugares da moda, de grandes centros e geralmente é fora da cidade que conseguimos excelentes refeições sem sentirmos que estamos a ser roubados. Encontrar bom e barato não me parece exequível (até para se comer em casa com qualidade de barato já nada tem). Por isso o ''caro'' é relativo, encarando aquele momento como uma experiência. Para comer nos hipermercados por exemplo como em casa, pizzarias idem, frango de churrasco idem, prefiro em casa que me sabe melhor. De resto, nunca entro num espaço a pensar que estou a pagar 25 € a dose de rojão e no talho pago só X, ou que estou a pagar o dobro por aquela garrafa de vinho que já vi no hiper a Y valor. Se trabalhássemos em restauração, gostaríamos de ver a nossa dedicação e cuidado no preparo reconhecido, bem como o tempo e despesa a ir buscar os melhores produtos a produtores, etc. Uma coisa é não ter orçamento para ir regularmente (infelizmente a saga da maioria dos portugueses) outra é não ir porque se sente que é um roubo pagar X por uma refeição. Ainda há tempo fomos em família a um almoço em que tudo quanto era servido era de produção própria. Desde o vinho, às batatas, enchidos, legumes, pão, carne. Ou noutro espaço em que tudo quanto serviam era de produtores locais, não produtos de grandes retalhos. É incomparável a qualidade do que te servem nestes casos, e se valorizares essa qualidade e o esforço dessas pessoas em te proporcionarem uma experiência e não apenas sentar para comer, percebe-se que nunca poderia ser baratinho. É a minha modesta opinião, de alguém que também gosta de cozinhar e se safa muito bem nesse aspeto, tanto que todas as experiências gastronómicas têm influenciado muito a forma como cozinho, como absorvo mais da gastronomia portuguesa que é tão rica. São formas diferentes de olhar para o ''ir comer fora'' e só o deixaria de fazer se tivesse mesmo de cortar com o orçamento destinado ao lazer. Beijinho.
Pouco como fora. Detestava cozinhar e hoje já me habituei, mas saber-me-ia bem, de vez em quando, experimentar coisas que não sei fazer ou apenas descansar da cozinha. Que não se fica pelo acto, há toda a preparação: as compras, os detalhes de temperar de véspera, arranjar as carnes e peixes frescos, saber onde cozinham melhor, se no barro, se num pirex ou numa panela ou tacho de ferro, se. Depois há os legumes, a fruta, etc. No fundo dos fundos, de tudo que se faz em prol de uma refeição, cozinhar é o mais apetecível, é agradável assistir às mudanças que acontecem por nossa mão. Comecei a cozinhar aos quinze, estou um tanto cansada. Também sou esquisita com os lugares onde como, não gosto de comer pior que em casa. Existem restaurantes a que prefiro não ir. Como existem bolos que prefiro não comprar por serem bastante piores que os meus. Pagar para comer mal não faz o meu estilo. Num aperto posso ir às bifanas que na minha terra até são óptimas e não são caras, mas é um muito de vez em quando.
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