E muito, o meu filho.
Mas admiti à minha irmã que, por não estar habituada a ouvir essas palavras em casa, os meus pais nunca mo disseram, que me sentia estranha ao dizê-lo. Mas atenção, digo-o à mesma.
Não sei explicar, mas parece que não soa bem. Que sinto vergonha.
Mas eu quero que ele cresça a ouvir essa palavra e não só.
Todos os dias digo-lhe que o amo. Ainda o faço "escondida", uma coisa só nossa.
Dar beijos e abraços dou, de forma natural.
O amo-te, parece que ainda não é natural.
Mas quero que se torne. Para ele ouvir, para mim ao dizer e ele também a dizer-mo a mim, se disser.
E são estas pequenas coisas, de entre tantas, que quero quebrar padrões antigos. Outros padrões são maiores e mais exigentes, mas é o que pretendo fazer. Sei que a minha irmã está a fazer o mesmo, até em mais campos. Eu decidi começar pelo meu filho.
Pode parecer parvo para muita gente, mas realmente é como me sinto. E não sei explicar melhor.
Mas é curioso ver o que, coisas que aconteceram ou a falta de terem acontecido, neste caso, na minha infância e não só, têm realmente repercussões na vida adulta.
Há coisas que até tinha noção, outras, começo a ter noção agora. Pode ser que encontre também explicação para tantas outras coisas.

Siempre es bueno expresar tus sentimientos a tu tiempo y a tu manera, Te mando un beso.
ResponderEliminarBom dia.
ResponderEliminarEntendo perfeitamente. Aconteceu o mesmo comigo. Não havia manifestações de carinho nem palavras como Amo-te. Comecei a dizer aos meus animais de forma natural, ainda antes de ser mãe. É um amor diferente obviamente, mas amo-os, sim. E aos meus filhos não se fala. Digo todos os dias, várias vezes por dia. Sabes o que mais me custou neste processo todo de quebrar esse padrão? A minha filha mais velha (o mais novo ainda fala pouco), de tanto nos ouvir dizer naturalmente cá em casa o Amo-te, depois dizia isso também à minha irmã e ao meu pai, e não recebia resposta igual. Não duvido que a amassem, atenção, é só mesmo porque parece tabu dize-lo em voz alta. E isso custava-me. Ela dizer Amo-te e ou não obter resposta ou a resposta ser um "também gosto muito de ti". Opa, não é a mesma coisa. Mas pronto, cada um é como cada qual e eu tenho muito orgulho de estarmos a fazer diferente. A minha filha diz abertamente que nos ama, e está sempre a fazer pequenos bilhetes e manifestações de carinho, por nós, e pelo irmão. É bonito de se ver!
Não estás sozinha!
Olá @Inês
EliminarPor acaso nunca tive esse hábito. Lá está, nunca estive habituada a...
Mas percebo o que queres dizer em relação à tua filha e obrigada por acabares por me "alertar" em relação a isso. Não tinha sequer pensado nisso, como é tudo novidade para mim...
Beijocas
Sim, na altura também me custou. Principalmente quando ela começou a perceber e me perguntou directamente se eles não a amavam a ela. Enfim. São os desafios que vamos tendo de enfrentar na maternidade. Eu também não estava à espera...
Eliminartão bom... A minha filha tem 16 anos e continuo acorda-la com um Amo-te!!
ResponderEliminarPode sempre mudar o que não teve com o seu filho!! sem viver com amarras do passado...
Beijinhos
Olá @Anónimo 09h34
EliminarÉ isso mesmo, pelo menos estou a tentar. Mas e a confusão que isso faz a quem nunca me viu assim neste papel ou com este cuidado?
Obrigada e beijinhos
tem a oportinidade de fazer a diferença ! e quando ouvir o retorno dele... a vida é um momento.
Eliminar:-)
Eu digo sempre, digo todos os dias desde que ele nasceu.
ResponderEliminarEu disse sempre, desde o primeiro dia de vida dele, e digo muito, muito todos os dias
O 1.º dia em que ele disse um "amo-te" para mim foi dos mais felizes da minha vida.
Hoje em dia, maiorzinho explico o que é o amor, que ele vem do coração e aponto, que é onde ele deve guardar as pessoas boas da vida dele, as que o ajudam e quem ele gosta de ajudar, de quem ele gosta e se sente bem em estar perto (para não me sair por aí a dizer amo-te a qualquer pessoa na rua, como se de um olá se trata-se), e ele entende super bem, já me explica a mim, que me ama com o coração dele, que tem as pessoas boas e amigas.
Eles percebem sim Cláudia, e é a melhor altura da vida para os ensinarmos. Diz, diz sim, diz muito, mesmo escondido, com o tempo vem esse amor em qualquer lugar, vais ver.
Ainda bem que ele te mudou em tantos aspectos. Fico feliz por ele, e principalmente por ti :)
Beijinho
Olá @Teia
EliminarTal como Inês, ainda bem que falaram nesse aspecto do explicar e tudo mais, para, como referes, não andar depois a dizer a qualquer pessoa...
Como é tudo novidade para mim, ainda me estou a tentar adaptar :)
Beijocas
Dizer "eu te amo, meu filho" é tudo o que o filho precisa ouvir. O meu tem 14 anos e todo os dias eu lhe abraço e lhe digo "eu te amo". Recebo de volta um "também te amo, pai" - pode ter coisa melhor?
ResponderEliminarViver é aprender. E se lhe soa bem a si e o Tomás nada sabe ainda dos sons, pois diga-lho. Conheço muita gente que o faz. E muita outra que não. Não existe uma maneira única para expressar o amor, cada um é que o enforma.
ResponderEliminar