Antes sequer de pensar em ser mãe, sempre olhei para a amamentação com olhos tortos.
Não gostava, não achava gracinha nenhuma.
Durante a gravidez, tive que tomar a decisão de dar o meu leite ou fórmula e claro, a ter leite, preferia dar do meu, não só pela poupança, mas porque fica mais protegido.
Sempre tive uma conotação muito negativa em relação à amamentação, pois as mamas vinham com a conotação sexual e não a conotação alimentar. (Eu sei, as mamas são feitas para alimentar, é a principal função)
Até que comecei a amamentar e tudo em mim mudou.
A conotação que tinha anteriormente, dissipou-se. Percebi que nada tem a ver uma conotação com a outra.
E desde esse primeiro dia, que dei mama em livre demanda. Ele quer, eu dou. Quando ele quer, sempre que ele quer.
Naquele dia da consulta dos 4 meses, em que tive que dar fórmula e dar biberão.... eu referi que me tinha sentido triste e fiquei na dúvida se o que sentia era que estava a ser substituída. É que ainda não cheguei a conclusão nenhuma.
Será que era só a preocupação de saber se ele estava bem ou não, ou era esse sentimento de "troca"?
Alguém que me entenda? Ou sou mesmo eu que estou a ficar maluca?

11 comentários:
Não está a ficar maluca, cada mãe tem a sua forma de reagir face à amamentação, à decisão de amamentar ou não, cuja nem sempre depende do desejo materno, existem condicionalismos que impedem a mama e aí pode não haver mais a fazer do que cingir-se a criança ao leite não materno. A Cláudia tem a sorte de poder amamentar, é melhor para o bebé e para si; a vida de quem trabalha não é quase nunca passível com a amamentação e esta tem de ser substituída, pelo menos em parte, pelo leite artificial.
A sua reacção parece-me natural, é um vínculo que afrouxa (pensamos nós, mulheres). Mas, se por acaso o leite materno continuar, alterna um com o outro. E há mais pormenores, além do carinho e bom trato, que permanecem no bebé: o seu rosto, o seu cheiro, a tonalidade da sua voz, o ambiente pacífico em que vive...
Bom Dia!
Deve amamentar até ao mais tarde possível. Se possível até aos 2 ou 3 anos. Isso é bom para o seu filho e para si, como sabe.
Tenha uma ótima semana.
Um beijo.
Como te percebo.
Foi como se me tivessem dito que não era capaz de fazer a coisa mais natural do mundo: alimentar o meu bebé.
Não me senti trocada, "só" incompetente (sei perfeitamente que não é isso que define uma mãe, manias minhas).
Felizmente foi temporário mas, se fosse permanente, teria de ultrapassar. O LA salva vidas, dando uma opção saudável a quem não pode ou não quer amamentar.
Daqui a uma semana a minha bebé faz 6 meses e vai iniciar os sólidos. Agora o objetivo é manter a amamentação até aos 2 anos.🙂
Beijinhos, SM
Olá @SM
Obrigada. Sério, é bom ler que não estou a endoidecer e afinal faz parte, digamos.
Boa sorte, espero que corra tudo bem. O meu faz hoje 5 meses e já lhe dou banana e ele "chucha" :)
Mas já mostra tanta curiosidade pela nossa comida :)
Beijocas
Olá @Bea
Claro que sim, agradeço todos dias por o poder fazer e pelo acompanhamento que consigo dar ao meu filho.
Mas fico contente, ou mais aliviada vá, de ver que há mais mulheres a sentir o mesmo.
Bom dia
Olá Cláudia.
Antes de sermos mães, somos quase como ''mães de bancada''. Temos opiniões sobre isto e sobre aquilo, muito cheias de teoria, que depois, na prática, pensamos completamente o oposto.
Eu, grávida, não sabia se queria amamentar, gostava mas parecia algo estranho. Mesmo que amamentasse dizia que nunca seria uma mãe com amamentação prolongada. Não queria fazer cama compartilhada.
Pois que o meu filho nasceu, amamentar para mim pareceu o mais natural a fazer. Nunca pus sequer um prazo para terminar a amamentação (aconteceu de forma espontânea, tinha ele 4 anos - apesar da pressão social para eu não o fazer, silenciei esses barulhos externos e segui firme no que fazia sentido para nós 2). Partilhei sim a cama. E são das memórias mais gratas que tenho, dele a dormir juntinho a mim, ouvir a respiração dele (e me permitir dormir umas horas também por não andar a levantar-me de 2 em 2h). Foi para o quarto dele, cama dele, sem drama algum, quando se sentiu pronto a ir.
De resto, quando lhe dei comida as primeiras vezes, também quase senti que ''pronto, deixei de ser a única fonte de nutrição dele, tão limpa e natural''. Por isso percebo bem :)
Olá Cláudia,
É um sentimento difícil de gerir sim, mas no que tem tens de centrar é que estás a garantir o melhor para ele, independentemente de ser pelo teu peito ou pelo "trabalho" de estares a fazer a fórmula. É amor na mesma, antes isso que ele a chorar ao teu lado e tu sem te importares.
O amor de mãe é assim, um cuidado constante, o medo de errar em tudo ou de não se ser suficiente. Serena, se continuas a dar sempre que ele quer, força, a fórmula vê só como um reforço, não vejas como o principal :)
É difícil, mas tens feito um ótimo trabalho! ;)
Olá @anónimo 17h40
Obrigada pelo testemunho. Como referi acima, fico "contente", aliviada de ver que não sou a única que sente as coisas dessa maneira.
Lá está, eles têm o tempo deles. São tão pequeninos. Não vão mamar a vida toda, não vão dormir conosco a vida toda... Claros que podemos ir tentando, mas se esse tentando demorar a chegar, está tudo bem.
Obrigada mais uma vez
Olá @Teia
Também acho que sim, que estou no bom caminho. Não é perfeito, mas só de ver o sorrisos dele e ver que sou a tudo de alguém, é bom de mais :)
Sim, eu quero o bem dele. Não o quero a chorar nem a passar fome, claro.
Obrigada e beijocas
A minha também já provou. 😂 Sempre que tem oportunidade tenta por a mão no prato.
Acho que está pronta, eu é que não. Nem acredito que temos de arranjar mais um lugar à mesa.
Bjs, SM
Não sendo mãe e nunca tendo amamentado, não te consigo responder a isso... Mas penso que seja um pensamento normal em muitas mães!
Bjxxx,
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