quarta-feira, junho 29

Eu, depois eu, a seguir eu

Não sei se se recordam, mas no dia da prova do marido lá nos Fuzileiros, nós éramos para ir almoçar com uma amiga minha.

Fui com ele não só por causa disso, até porque já tinha decidido ir, mas o facto de ir estar com ela, sempre aliviava o tempo que ia estar lá sozinha. E já não a vejo aos anos, apesar de falarmos todos dias.

Pois que começaram as complicações. Porque isto, porque aquilo, porque aqueloutro...

Depois sugeriu ir-me apanhar lá e depois o marido ia ter connosco. Independentemente de ele merecer ou não essa atitude, eu não era capaz de a ter.

1º era eu que tinha as coisas todas dele, telemóvel incluído. Até de outras pessoas também.

2º não tinha jeito nenhum andar para trás e para a frente, sabendo que ele não devia demorar mais que 1h na própria prova.

O que me fez tomar a decisão de não ir, foi mesmo uma frase que ela disse:

- Não vou aí fazer nada, aí não há nada para fazer...

Ora, realmente ali não havia nada para fazer. Mas se me fosse lá buscar e fossemos para um café, no café, de igual modo ou pior, também não teria nada para fazer!

Íamos apenas conversar. Tanto se conversava numa esplanada, como sentadas num passeio qualquer. Basta querer/haver vontade.

Ela não quis e eu também não. Principalmente porque não fazia sentido. Segundamente pela atitude tomada.

E em comentário com o marido, que serviu igualmente para o alertar/mandar boca, que vou-me deixar destas "merdas" de estar disponível sempre para as pessoas e as pessoas não estarem para mim. De andar atrás das pessoas para saber se estão bem e ninguém perguntar como ando. De mover mundos, tirar horas ao trabalho, colocar dias de férias para ver este ou aquele e ninguém o fazer por mim.

Para mim, chega. Acabou. Acabou eu estar 100% disponível para todos e "todos" estão a 50% ou menos. Também tenho a minha vida, as minhas coisas para fazer. E chega de tentar "não magoar" os outros. Se levarem a mal por eu dizer um não, azar. 

Eu é que não posso me magoar a mim, perder a minha paz, andar a rastejar por migalhas.

Sinto que as pessoas estão a fazer "um favor" e para mim não dá.



7 comentários:

A Teia Dos 20 Mais x! disse...

Olha que realmente... Se era apenas uma hora não fazia sentido andares a ir e vir, aliás iam "perder" esse tempo em viagens até.

Muito isso, a falta de vontade, quando se quer qualquer canto serve

bea disse...

Cláudia, a melhor atitude é fazer o que a nossa consciência sugere sem esperar paga. Fazer porque o outro precisa, seja ou não amigo.
Quanto a amigos que não nos valorizam como nós a eles, o melhor é acertar distâncias, igualar. Não valem o desgosto. Dói um bocadinho, mas situa-nos. E é como diz, azar deles. Foi o que sucedeu com essa amiga, julgo eu.

Isa Sá disse...

Como eu te entendo.
Isabel Sá
Brilhos da Moda

Cidália Ferreira disse...

Percebo-te perfeitamente. Já passei por coisas idênticas, quando se trata de coisas comigo ninguém está ou se importa. Já ajudei muito e já levei alguns pontapés. Servem para abrir os olhos. Mas dói.
-
Nas dobras do tempo...

Beijos. Votos de uma excelente semana

- R y k @ r d o - disse...

Gostei de ler. Fiquei em reflexão.
.
Saudações cordiais
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.

O ultimo fecha a porta disse...

Não percebi muito bem a novela mexicana lol mas é como o tempo: quando queremos e há vontade, arranjamos sempre como reunir...

Marisa Reis disse...

Também já dei para esse peditório mas desde o ano passado que raramente faço fretes...

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