terça-feira, setembro 27

Psicólogo

Como disse há duas semanas sensivelmente, tenho notado diferenças, apesar de ter noção no longo caminho que ainda me falta.

Com esta questão do meu avô ter ido parar ao hospital, fui-me a baixo.

E aí, não há psicólogo nem ninguém que me arrebite. O meu chefe já reparou que não ando bem e vai-me tentando distrair também, mas o sentimento está cá.

O curioso, é que parece que isto tinha que acontecer, para ver mais familiares a sentirem essa necessidade.

A minha mãe tem andado nervosíssima. Finalmente admitiu. Para ela ouvir o médico ou enfermeiro a falarem, pede-me para estar com ela. E claro, eu estou. Duas nervosas devem ouvir melhor que uma só.

E no meio de uma destas idas ao hospital para ver o meu avô, ela admitiu finalmente também, que precisa de ir para um psicólogo. Aliás, ela e o meu pai. 

E apesar de saber que os motivos não são os melhores, fiquei feliz.

Já lhe disse que trato de marcar as consultas para os dois.

Eu sei que ela agora quer resolver esta situação do meu avô, mas também lhe disse que para nós podermos tratar dos outros, temos nós que estar bem também.

E ela acedeu ao meu pedido. Se for possível, tentar marcar para o meu psicólogo também. Penso que, se uma só pessoa concentrar todos os problemas da família, apesar de não partilhar nada meu com eles e nada deles, comigo, talvez consiga ter mais manobra para nos ajudar a todos. 

Porque ela compreende que há coisas que só se fala com ele, por muito que eu confie nela. Já sobrecarregada anda ela.

Mas fiquei feliz. Quero acreditar que, de alguma maneira, influenciei esta decisão deles.

O meu pai, que também não entende o porquê de eu andar no psicólogo, parece que também precisa e começou a sentir essa necessidade.

Estamos todos a levar porradas da vida, mas as pessoas finalmente admitirem que precisam de ajuda, que a vão procurar para tentar amenizar os efeitos negativos de tudo... Porque não é só o meu avô no hospital, foi o covid, são os nossos problemas pessoais...

Espero que se avizinhem, tirando o assunto avô, tempos de paz e reconciliação. Estou disposta a isso.



3 comentários:

Cidália Ferreira disse...

Assumir que se precisa de ajuda já é bom, principalmente o teu Pai. Normalmente os homens fazem-se muito fortes, mas sofrem!
Vai ficar tudo bem!
-
Queria viver simplesmente na ilusão...

Beijos
Uma excelente semana!

bea disse...

Boa sorte com a psicologia familiar, Cláudia.

O ultimo fecha a porta disse...

As melhoras para o avô

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