quinta-feira, junho 20

Colegas de trabalho

Agora no início do mês de Junho, mais duas colegas foram embora.

Uma delas, começámo-nos a dar quase quando soube que ela se ia embora. Não percebi como se deu a aproximação, mas deu-se.

No entanto, começámos a almoçar juntas, mais uma outra colega, que costuma sempre almoçar comigo.

Num destes dias, essa 3ª colega disse-me que havia um certo "arrependimento" desta "nova" colega de almoço, em só ter tido a oportunidade de me conhecer agora. Que agora que se vai embora, é que nos começámos a dar bem.
Eu cheguei a comentar o mesmo, com esta colega que já vinha almoçar comigo, o ponto em comum entre mim e agora esta colega "nova" que vai embora...

E chego à conclusão que realmente as pessoas nem me dão oportunidade de me apresentar, de me conhecerem.

Sim, sou mais difícil para confiar nos outros, para me abrir... Também se eu não for com a cara da pessoa (e raramente me engano) não há aproximação sequer. Parece que sinto as energias ou sei lá, e opto por me afastar logo. Mas neste caso, não foi o caso! Apenas sentia que aquela pessoa não ia com o meu ar e pronto, não forcei nada.
Mas nunca fui mal educada para ninguém. Também estou mais isolada pois trabalho na Contabilidade e sempre fiquei fechada numa sala à parte (que prefiro e agradeço).

Saber que há este "arrependimento" da colega, deixa-me até contente. Porque mostra que afinal, pressupuseram uma coisa que não era verdade, acerca de mim.
E até com o avanço das conversas, ela percebeu que temos alguns valores iguais.

Fiquei extremamente espantada quando, esta colega que vai embora, me convidou para um jantar de despedida do trabalho. E vamos ser apenas 4. Nós as 3, que almoçamos agora juntas e mais uma outra. E fez questão de escolher um restaurante que tivesse comida que eu gostasse. Fiquei mesmo contente.

Tardou, mas as pessoas percebem que até posso andar de cara trancada, mas os valores estão cá. Não falo mal de ninguém nas costas, não entro no "diz-que-disse" e talvez seja mesmo esse o problema, das outras, para comigo.

Esta colega ao ver que sou assim, juntou-se a mim, pois viu que somos parecidas.

Até disse que eu era extremamente bem educada e que fui cordial, porque a convidei para almoçar comigo e preparei-lhe a mesa de almoço.

Vocês podem achar que é infantil este texto ou que pareço os miúdos. Mas acreditem, passei/passo anos e anos a almoçar sozinha, nas várias empresas, porque não me identifico com estas culturas do falar mal, da cusquice, etc, etc... Departamentos inteiros em que apenas me dou com 1 ou duas pessoas...

Mas venho sempre a ficar feliz, porque mais uma vez, pode tardar, mas depois percebem que o mal não está em mim, mas nas pessoas com quem se davam e essas sim, as tentaram enganar e manipular. Pior, prejudicaram-nas.



3 comentários:

J.P. Alexander disse...

Me da pena que se fue tu compañera eso pasa. Te mando un beso.

A Teia Dos 20 Mais x! disse...

Que bom que sentiste esse carinho dessa colega/amiga. Ela pode até estar a abandonar o vosso local de trabalho, mas pode bem ser uma pessoa a ficar na tua vida. Nada é por acaso, e se essa aproximação foi agora no fim mais se justifica que continuem o elo, só depende de vocês.

Estou na mesma onda que tu... olho para o lado e não tenho ninguém praticamente... enfim.

Beijinho :)

bea disse...

Fico contente por saber que não está sozinha no emprego, Cláudia. O contacto com os outros ensina-nos muito. E, se haja afinidades, descontrai.























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