terça-feira, junho 25

Das entrevistas

Cá estou eu de novo a falar das entrevistas que tive porque, mais uma vez, anda a ser demais.

É óptimo, mas óptimo mesmo, eu ser considerada para as entrevistas. É bom sinal. É sinal que estou no bom caminho.
Mas estou cansada de ir a entrevistas que depois não passam disso mesmo. 

Pode ainda ser cedo para falar, tanta coisa ainda pode mudar, mas até à data ainda não obtive respostas.

Mas bem, as entrevistas.

A 1ª que tive, foi num hospital.
Estava super contente, ia finalmente conseguir entrar na Administração Pública!
Qual quê. Entrava como Técnica Superior, excelente, mas com um contrato de substituição.
Quer isto dizer que ao fim de 6 meses estava novamente na rua.
Se por acaso me quisessem contratar, tinham que pedir autorização ao Ministério e tinham que abrir concurso. E se aparecesse alguém com mais experiência, lá ia a Cláudia com o caraças.

Efectivamente fui seleccionada, mas optei por recusar a oferta.

A instabilidade é mais que muita e para ficar a trabalhar de 6 em 6 meses e andar sempre a saltitar, não me parece uma boa opção.

A 2ª, 3ª e 4ª entrevistas, foram diversificadas.

Tudo em locais relativamente perto, nada por aí além e tudo acessível em termos de transportes.

Uma oferecia 1000€, a outra 800€ e a última, que foi o IEFP que me apresentou, 600€.
Tudo valores brutos.
O horário igual em todas, folgas ao fim-de-semana.

O pior?

Novamente contratos de substituição.
Não há previsões de recrutamento a seguir ao termo deste contrato, nada.

Se por acaso a proposta avançar, talvez acabe por aceitar o dos 1000€, não pelo ordenado, mas pela função em si, que acaba por culminar um pouco com tudo o que já fiz.
E sempre me garantiram um contrato de 1 ano, pelo menos. Em substituição também, apenas para substituir a pessoa de baixa prolongada, mas sempre era 1 ano.

Não me interpretem mal, não ando a ser exigente, ou talvez até ande.
Mas vejo os anos a passarem, eu já tenho 31 e realmente não me parece, de todo, uma boa escolha andar a saltitar de empresa em empresa de 6 em 6 meses.

Estar sempre em constante adaptação, estar sempre a mudar de vida e hábitos, não ter estabilidade, não ter certezas nenhumas, estar sempre a ter formação, estar sempre em entrevistas, estar sempre com os meus nervos, tudo....

Não aguento muito mais esta vida.

Sei que é normal nos dias que correm, mudar-se de emprego e que acabaram os trabalhos para a vida, mas tanta instabilidade também não é de todo bom, nem saudável, tendo em conta o meu historial de nervos e afins.

Resta-me continuar a procurar e agora talvez parar um bocado com o envio de curriculuns.
Talvez férias seja o que eu precise mesmo e vou tentar acabar o estágio, já que faltam pouco mais de 15 dias.


5 comentários:

Isa Sá disse...

O mercado do trabalho não está fácil...

Isabel Sá
Brilhos da Moda

Anónimo disse...

Olá Cláudia,

Pois, é como tu dizes, já não há empregos "para a vida". E quem procura emprego não encontra estabilidade.

E creio que ainda vai piorar.

Tens de ser forte e tentar adaptar-te.

Um beijinho no teu coração.

Margarida

Isabel Jesus disse...

Como te compreendo...
Há áreas assim... :/

Força, que a tua oportunidade está mesmo aí! ;)

o ultimo fecha a porta disse...

Percebo o que dizes e realmente é azar com o que aparece.

A Teia Dos 20 Mais x! disse...

Vou-te ser sincera, eu optaria pela proposta dos mil euros, por três razões
- paga mais ( e ao pagar mais, seria mais fácil gerir e acumular um tipo de reserva para enfrentar novamente o desemprego a seguir)
- É contrato de 1 ano, mais tempo que os 6 meses, e pelo menos durante um ano estava segura
- Um ano já dá direito ao desemprego novamente.

Opinar de fora é sempre muito fácil, espero que consigas optar pelo que mais te fizer sentir segura e for o melhor para ti e família.

beijinho

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