segunda-feira, setembro 24

Do "coração de ouro"

Calma, eu tenho muito para vos contar e mostrar, mas como chegámos tarde, no decorrer desta semana virei cá mostrar tudo 😛

Hoje venho tocar num assunto que calhou em conversa com a minha irmã, derivado à minha conversa com a Srª do Reiki.

Como muitos sabem, não falo com o meu pai.

Mesmo já não vivendo em casa dos meus pais, sinto que, cada vez que ele me vê, sente ainda muita raiva.
Vá-se lá entender.

Ela disse que eu deveria tentar fazer as pazes. Falar com ele e perdoá-lo.
Eu disse que por muito que tivesse boa vontade, não o conseguiria fazer e ela acabou por não insistir no assunto.
Mas tocou na velha história que, quando ele falecer, que irei me arrepender, blá, blá, blá.

Nessa conversa com a minha irmã, eu disse que, quando isso acontecer, que achava normal que eu fosse chorar. Não deixava de ser meu pai nem deixava de ser um momento triste e se tornar uma perda.

Mas, acabámos por tocar ainda num assunto mais importante, eu e a minha irmã.

Eles estão a ficar velhotes, como é óbvio.
Do que depender de mim, à minha mãe nada faltará.

Mas imaginemos que ele fica cá e ela parte 1º? (Deus queira que não e que os mantenha cá muitos e bons anos)
Ele ficará sozinho e cada vez mais velhote, lá está.

Da maneira como sei que trata toda a gente e mais alguma, é provável que, infelizmente, não tenha tanta atenção e disponibilidade das pessoas como tem o meu avô, por exemplo.

E aqui é que entra o "coração de ouro"....
Eu, por muito que não fale com ele, seria incapaz de o deixar sem qualquer tipo de apoio.

Da maneira que conheço as pessoas, provavelmente serei a única que, a não ir lá prestar esse apoio, tentarei pagar para que alguém o faça e o acompanhe.

Percebem onde quero chegar?

A minha intenção não é de todo vir cá gabar a minha maturidade, a minha atitude, eu sei lá.

Mas constatei isto com a minha irmã e ela concordou comigo.

Porque por muito que não nos falemos e as coisas estejam como estejam, ele é meu pai e já me prestou o "apoio" que conseguiu.

É minha mais que obrigação tentar fazer o mesmo por ele.


6 comentários:

Isa Sá disse...

São situações muito delicadas...os desentendimentos na família...

Isabel Sá
Brilhos da Moda

Cynthia disse...

Não posso opinar objectivamente, porque tenho uma boa relação com ambos os meus pais e também porque não sei a origem desse desentendimento ou como foi a vossa relação antes de isso acontecer. Porém, nem sempre os pais merecem essa atenção dos filhos. Claro que falo de casos onde sempre negligenciaram os filhos ou sempre os trataram mal... o que talvez não seja o teu caso :) de qualquer das formas, acho a tua postura louvável e talvez eu própria fizesse o mesmo!

Margarida disse...

Olá!

Gostei muito deste post e aprecio a tua generosidade para com a tua família.

Contudo, acredito piamente que os filhos não têm qualquer obrigação de tomar conta dos pais. Os filhos não pedem para nascer e quaisquer cuidados que os pais lhe prestem, muito sinceramente não fazem mais do que a obrigação deles. Se quiseram ter filhos, têm de tomar conta deles.

Claro que os filhos gostam dos pais e querem que não lhes falte nada. Mas obrigação não têm. De maneira nenhuma.

Beijinhos
Margarida

https://minhacasadopatio.blogspot.com

Cristina Barbas disse...

Oi, Cláudia!

Esse assunto é delicado mesmo...
Só você pra decidir o que fazer e como agir da melhor forma, não é mesmo?

Abraços, Cris

Marisa Reis disse...

Infelizmente há muita gente com coração de pedra, que podem ver os outros mal que ainda os tentam "enterrar" mais.

A Teia Dos 20 Mais x! disse...

É um assunto privado e delicado, Cada um numa situação dessas reagirá à sua maneira.
Gostei de ler que independentemente do que se passa o irias ajudar mesmo que por intermédio de outra pessoa.
Bons corações são assim mesmo :)
beijinho

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