Além da habituação, claro, durante 4 meses, 24h com ele, acho que é muito pequeno. E eles têm é que estar com os pais e não com terceiros a tomarem conta deles.
Mas claro, tenho que trabalhar.
15 dias antes de regressar ao trabalho a sério, disse ao meu chefe que não tinha creche para o pequeno e que não sabia o que fazer...
Ligou-me e perguntou-me inicialmente se eu ia tirar a licença alargada. Disse-lhe que só receberia 30% do valor bruto, mas se fosse preciso... mas que o marido ainda tinha agora este mês de Outubro/Novembro e eu ainda tenho férias. Por isso, para tirar a licença alargada, só em Janeiro. De Janeiro a Março. E o meu bebé nessa altura já terá 9 meses.
Depois eu disse-lhe que tinha pensado em ir trabalhar para a minha mãe e assim ela não ficando totalmente sozinha com ele, sempre ia dando um olho e eu trabalhando.
Ele concordou que não vê mal nenhum em eu ficar em total remoto este ano. Que eu trabalho, que entrego as coisas e por isso, não vê lá e claro, para eu ver como me oriento melhor.
Ouro sobre azul.
Qual é a ideia então?
Para já, se conseguir, tirar as férias de meio de Novembro até Dezembro. Como são dias úteis e temos feriados pelo meio, consigo até mais de metade de Dezembro. Depois são as duas últimas semanas, que com o Natal e Passagem de ano, há mais feriados e o dia que a empresa dá.
Ao conseguir estar em total remoto e uma vez que o marido está a trabalhar, tentar começar com calma a deixar lá o pequeno na creche. 1h para começar, 2h... Ir assim pondo suavemente.
Se por acaso eu não conseguir trabalhar com ele, claro que tenho que tomar uma decisão... Ou começa a ir 4h por dia, apenas de manhã, e deixo-o lá, por exemplo, das 8h30 às 13h +/- e trabalho afincadamente essas horas todas, ou coloco mesmo a extensão da baixa logo pelos 90 dias. Ou posso experimentar ir colocando mês a mês.
Uma coisa é certa, vou fazer de tudo para que ele não fique logo lá muito tempo. 4h acho fazível. E suficiente. Dá para me organizar bem. E espero que neste tempo, tanto eu como ele, nos vamos habituando a essa separação.
Tenho visto bem o que a minha irmã tem sofrido com o facto de deixar a pequena na creche.
E o mais engraçado (que não tem graça nenhuma) é que assim que a miúda entrou na creche, a minha irmã já teve que ficar 2 semanas (por duas vezes) em casa, por ela ter ficado doente.
Mais uma vez, não era melhor uma licença mais alargada em vez de depois andarem a pagar baixas e assistências à família? Enfim...
E estou a seguir o meu coração e tenho a certeza que errada não estou.
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