sexta-feira, março 12

Histórias

Este assunto veio à baila e lembrei-me de contar a minha experiência. Podem ver aqui na Bea

Porque conheço ainda muitas pessoas com carta que não conduzem, seja por medos, seja porque for, então aqui fica o meu testemunho.

Eu comecei a tirar a carta assim que possível, aos 17 anos e meio. Porque queria chegar aos 18 e poucos e ter carta. Só a tirei com 20 anos.
Porquê? 

A coisa até começou bem com as aulas teóricas, mas depois aquilo farta, oh se farta. E apanhei, nas primeiras aulas de condução, um péssimo instrutor. Só gritava!
Agarrei e vim embora. Quase 1 ano sem lá colocar os pés.

Passado esse tempo, decidi voltar, até porque não queria perder o dinheiro já gasto e se a minha carta saiu cara mas cara.Acabei as aulas de código e voltei às aulas de condução. Tirei mais que o necessário, mas sentia que precisava mesmo.
Passei com 3 negas no código, mas passei. A condução foi à 1ª.

Tinha carta mas não carro.
Fiquei perto de 7 ou 8 anos sem conduzir. Até que arranjei um estágio que tinha mesmo que ir de carro.
Ao fim de um mês, espetei-me. Com direito a cambalhotas dentro do carro. Ainda me lembro, na véspera de Natal.
Dia 26, passaram me outro carro para a mão. Não podia deixar o medo vencer. Conduzi acompanhada nas 1ªs semanas. Ia e vinha acompanhada. Iam comigo lá, iam-me lá buscar e eu trazia o carro.

Quando vi o carro acidentado à minha porta, chorei que me fartei. Ainda pensaram em comprar uma capa para o tapar, mas acabaram por decidir que não, aconteceu, saí ilesa, estava viva e bem, tinha que agradecer aquilo.

Ah, ainda hoje ninguém percebe como saí ilesa com o carro todo desfeito. Nem um arranhão, senhores. Um corte só, na mão, minúsculo, dos vidros partidos. E muitas dores no corpo, facto, mas nada partido, nem os óculos.

E o que dói levar com um airbag? 😑

Agora conduzo com mais naturalidade, mas mesmo assim sempre com medos quando chove. Nem o faço todos dias, o que me prejudica a nível de experiência.

Tenho de facto mais de 10 anos de carta, mas é verem a chover e eu sou toda tremeliques. E estacionar sempre foi o meu calcanhar de Aquiles.

E foi no carro do meu avô, o que eu já aqui falei dele há muito tempo, que era o Ferrari, devido aos consumos na altura, que voltei a conduzir. E hoje em dia é o único carro que sinto que sei conduzir. Conduzo qualquer um vá, mas só naquele "Ferrari" preto é que me sinto bem.

Se prefiro andar de transportes por não ter stress de estacionar, transito, etc? Para umas coisas sim, prefiro. Mas realmente não há nada como andar de carro. Nunca desistam de tentar, pelo menos.



5 comentários:

Patife disse...

"Afinal o que importa é não ter medo. Fechar os olhos frente ao precipício e cair verticalmente no vício". ;)

bea disse...

Claro, nada de desistências. Pois se até uma volante como eu consegue, toda a gente consegue.
Bom fim de semana, Cláudia.

Isa Sá disse...

Eu sempre detestei andar de transportes públicos. Quanto a conduzir felizmente nunca tive medo e logo que comprei carro nunca mais andei de transportes públicos.

Isabel Sá  
Brilhos da Moda

O ultimo fecha a porta disse...

não és a primeira nem a ultima. Há instrutores péssimos que nos deixam nervosos. O meu tbm era muito stressado e deixava-me stressado a mim. Eu até tremia. Não de medo, mas por stress de ir para a aula. Impactou o sistema nervoso. Felizmente nunca tive acidente e por isso conduzo normalmente. Mas pode ser traumático.

Isabel Jesus disse...

Eu tive o mesmo percurso para tirar a carta... arrastei, porque não me dizia nada, mas é necessário.
Depois estive 4 anos sem conduzir porque o meu carro tem que ser adaptado, logo não podia ir conduzindo o dos meus pais.
Quando comprei o meu saudoso Micra tive, em 10 anos, 2 acidentes.
Mas não ganhei medo, porque ambos foram "simples".
Hoje em dia adoro conduzir e é do que tenho mais saudades, mesmo...

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...