terça-feira, julho 2

Passado atrás das costas

Quem passa por aqui com alguma regularidade sabe da situação em que me encontro (desemprego) e o porquê de estar aqui.

Desde que saí do local onde estava efectiva para ir para o local de onde me acabaram por despedir ao fim de 6 meses, que havia um sentimento de quase arrependimento.

Porque estava efectiva, porque afinal aquilo não era assim tão mau, porque isto, porque aquilo...
Sei que saí devido a não darem valor às pessoas e a saber que não passava daquilo que fazia e, não vou mentir, por causa do ambiente. E queria tentar melhor! Arriscar!
Mas depois de sair de lá, parece que aquilo era perfeito e fiz mal e blá blá blá.

Com a entrada na empresa onde me despediram e com o desemprego e isto do curso e estágio, tudo junto, fez-me pensar, mais uma vez, que não devia ter saído de lá, que fiz mal... O tal quase arrependimento.

Até que....

Ainda tenho lá bons amigos.
E eles vão desabafando comigo.

Posso dizer, agora com toda a certeza, que fiz muito bem em ter saído de lá e que efectivamente agora sim, se tornou passado.
É uma empresa que, finalmente, consegui quebrar aquele sentimento de "fiz mal sair de lá", "era perfeita", etc.

O Departamento onde eu estava está a desmoronar-se.
Ninguém confia em ninguém, quem entra de novo, sai ao fim de três tempos também, há concursos internos e ninguém quer ir para o Departamento... Montes de coisas.

Mas o que me fez colocar um ponto final neste assunto foram duas coisas.

1º, um dos colegas, que a Directora tinha um grande carinho e valorizava-o, mesmo sabendo o seu pouco valor, despediu-se. Não aguentou mais o ambiente mau que aquilo tem e entregou a carta. E era ali unha com carne com a Directora e também não aguentou.

2º, a Directora, que me deixou uma porta aberta porque eu saí a bem, estando neste momento aflita porque ninguém quer trabalhar com ela nem no Departamento dela, ao proporem ela entrar em contacto comigo para ver se eu voltava, teve a infeliz ideia de dizer e passo a citar "Era só o que faltava. Isso era humilhar-me!".

Se ela, que precisa mesmo, acha que era humilhar-se voltar a falar e a contratar uma pessoa que traz imenso valor à empresa e que trabalha super bem e ela sabe do meu valor, tanto que não me queria deixar sair, se ela acha mesmo isso e foi capaz de dizer isso, que direi eu, que a tinha em consideração e que neste momento perdeu tudo.

Posso também não estar em melhor posição, pois não tenho trabalho, blá blá, blá, mas eu sei do meu valor enquanto funcionária e principalmente enquanto ser humano!


5 comentários:

Marina Maia disse...

Não sei se já foste ao meu blog e leste algumas das minhas sagas de trabalho depois de uma empresa onde estive 23 anos ir á falência...mas tenho passado por um sem numero de situações idênticas e arriscar é necessário, sempre de cabeça erguida, vais conseguir!

Isa Sá disse...

Situações complicadas...

Isabel Sá
Brilhos da Moda

Cristina Barbas disse...

Oi, Cláudia!

Também larguei um emprego ano passado. Nunca é uma decisão fácil!
Mas acredito que as mudanças acabam sempre sendo pra melhor.
Uma hora percebemos...

Abraços, Cris

Anónimo disse...

Olá,

Também deixei um emprego "certinho"... e olha, apesar de tudo, estou muito melhor agora...

Beijinhos
Margarida

A Teia Dos 20 Mais x! disse...

Quando comecei a ler ainda fiquei a pensar que tinhas voltado, mas gosto da tua conclusão, se um lugar que precisa de ti nao te reconhece enquanto trabalhadora, não tenhas pena, deixa mesmo no passado.

Nao ha mal que sempre dure, a sorte vai mudar 😊

Beijinho

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