sexta-feira, junho 16

Crenças limitantes

Em relação ainda ao texto das limpezas e das verdades dos outros, claramente este assunto tem pano para mangas.

Aquele exemplo de eu ser rotulada como obsessiva compulsiva com as limpezas foi apenas um dos exemplos de coisas que me chamaram e me fizeram acreditar, em tempos. Agora sinto que é normal fazer limpezas, embora ainda não esteja totalmente "livre" desses rótulos ou de "vergonhas", como vos disse.

Outro dos rótulos que sempre me puseram e eu absorvi loucamente como meu, era que não tinha sentimentos. Que era fria, bruta, insensível, etc.

É verdade, posso não ser a pessoa mais sorridente do mundo, principalmente para quem não conheço, posso não ser a mais romântica, mas cheguei à conclusão, e aqui foi meio que sozinha, que sim, tenho sentimentos e se calhar dos mais puros e bonitos que podem encontrar. Coloco os meus problemas no bolso, para ir ajudar os outros.

Tenho sentimentos bonitos e verdadeiros, pelos meus. Se calhar, sou das que mais sofrem pelos outros. 

Outra crença que quase impingi a mim própria, nem sei bem porquê, que acho que nunca ninguém ma disse, era que não tinha paciência para nada.

É verdade, há certas situações que me tiram a paciência, mas a verdade, após ser obrigada a observar aquilo que sinto e o meu comportamento, é que provavelmente também sou uma das pessoas que mais paciência tem cá em casa.

Seja por comportamentos que vão um bocado contra aquilo a que a sociedade nos "obriga", seja porque cada um tem a sua própria opinião, seja pelo que for, vamos assumindo como verdades estas pequenas coisas, que com o passar do tempo, nos limitam a vários níveis.

Um comportamento normal, passa a ser sentido como um comportamento que tenho que esconder, para não ofender ninguém.

Um comportamento de mais cuidado, tem que ser feito quase escondido, para não ferir suscetibilidades.

E muitas vezes estas pessoas que nos rotulam, não têm noção do mal psicológico que isso faz a outra pessoa!



 

4 comentários:

J.P. Alexander disse...

Uy concuerdo contigo a veces la gente y la sociedad se da por juzgar. Te mando un beso.

bea disse...

Cláudia, os rótulos são uma necessidade humana, ajudam os outros a terem uma ideia de nós, deixamos de lhes ser desconhecidos (temos certo horror ao desconhecido, já reparou?). Têm esse perigo: nem sempre são verdadeiros e tendemos a acreditá-los. Somos uns crédulos. Mas parece-me coisa natural, não é também o que faz em relação aos outros, apor-lhes rótulos?! Há quem o faça com cuidado, admitindo-o sujeito a modificação (por parte de quem observa e de quem é observado) ou o ponha sempre dentro de um parêntesis, significando com isso que a aparência nem sempre é verdade. E quem seja inflexível e rotule sem profundidade e ad eternum. Contudo, julgo que a imagem que damos aos outros nos ajuda um bocadinho. A ideia que temos de nós mesmos é por vezes muito diferente da que os outros têm sobre nós. Uma vez perguntei aos meus alunos o que mais gostavam nas minhas aulas. Julgava eu que eles diriam que explicava bem ou qualquer coisa relacionada com as matérias ou os materiais que apresentava. Ora, de uma forma geral o que apreciavam era que eu ligasse as teorias que apresentava ao viver quotidiano, fazendo a disciplina participar dele; essa é que era a importância, admitiram. Pois digo-lhe que nunca eu tinha pensado que tal caso lhes fosse relevante.
Não vivemos da opinião dos outros, mas ela também conta para formarmos uma ideia de nós. Ainda que não sejamos idênticos ao que deixamos os outros verem. Mas há pormenores que os outros detectam e que nunca veríamos. Em bom. Em mau. E no assim-assim.
Bom fim de semana, Cláudia

A teia dos 20 mais x disse...

Aquilo que muito ouvimos e nos é repetido transformam-nos, é bem verdade.

Força, muitas vezes no é fácil e as pessoas tornam-se injustas.

Beijinho e um bom fim de semana :) de solinho BOM

Mariete Salema disse...

Seja você mesma. Não ligue a rótulos.
*
Fim de semana com Saúde, Paz e Amor.
*/*
Poema:- És o Amor da Minha Vida
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