Realmente as pessoas conseguem-me sempre surpreender.
Ou sou eu que confio demais e muito rápido ou sou eu que afinal me acho uma coisa e sou outra.
Já por duas vezes levei assim uma chapada sem mão e a última fez-me abrir os olhos.
Se me acontece algo de bom, partilho com quem me é chegado. Seja atingir um objectivo, uma entrevista, um seguidor no Insta, partilho. Uma prenda que recebi, uma oferta, eu sei lá, partilho. Não para fazer pirraça (nunca na vida fiz com essa intenção) mas para partilhar a alegria. Pensando eu que as pessoas ficam felizes por eu estar feliz e vice-versa.
Pelos vistos enganei-me.
Ou pelo menos eu ficava, mas já vi que comigo as pessoas falham.
Posso falar em específico das entrevistas de trabalho.
As pessoas são seleccionadas e nada dizem. Inscrevem-se e não partilham. Fazem testes, etc e zero.
Vão e só depois dizem "ah, fui escolhida".
Eu assim que sou seleccionada ou me ligam para uma entrevista, mesmo que depois não dê em nada, digo ao pessoal. Não vejo mal nenhum, acho que torcem para que tudo corra bem e portanto, partilho.
Saber já por duas vezes (pelo menos) que as pessoas fazem a vida delas e não correspondem ao meu "nível de amizade" deixa-me assim meio de pé atrás.
E para mim, com esta última que foi seleccionada e depois é que se "lembrou" de contar, decidi que acabou. Ninguém mais vai saber de entrevistas, de novos trabalhos, tatoos, receitas em antemão, nada.
Faço as coisas e só depois, se me apetecer, conto e mostro.
Pensando bem, se calhar era mesmo eu que estava errada.
8 comentários:
Infelizmente não podemos confiar em muita gente....
Isabel Sá
Brilhos da Moda
Pois, compreendo... não é fácil...
Só não te esqueças que cada pessoa tem os seus princípios, as suas ideias, a sua forma de mostrar amizade. Podes não compreender na totalidade, apenas poderás aceitar as pessoas pelo que são.
Não digo que não existam pessoas do teu círculo com intenções mais manhosas, óbvio... existem em todo o lado. Mas há pessoas que não se sentem confortáveis com determinadas partilhas ou demonstrações.
Sei que não poderá fazer sentido a toda a gente...se há quem pense que deve partilhar boas noticias porque a boa energia pode e deve ser partilhada, há quem tenha medo que essa energia possa ser contaminada.
Como exemplo... Tenho um membro da família que comprou casa... A mãe dela não disse nada a ninguém e fez de tudo um segredo, mas a própria partilhou quando achou que tinha de partilhar e a quem achou que tinha de partilhar. Ninguém deseja mal a ninguém nesta parte da família e apoiam-se todos uns aos outros mesmo que possam não concordar com alguma situação. Não quer dizer que ela não confie em nós, ou que nos tenha em menos consideração, na cabeça da mãe, ela não quis agoirar o negócio. E está tudo bem... Outro exemplo... adoro a minha família, mas não disse a ninguém quando entreguei a minha tese de mestrado, ou que ia defende-la... apenas souberam uns dias depois de a ter defendido. Não tenho qualquer razão de queixa deles, não escondi porque achava que alguém me fosse desejar um falhanço total... apenas quis guardar para mim... e ninguém me acusou de nada... aceitaram (já sabem que sou esquisita ahahahaha).
Claro que não faço ideia do que se passou contigo ou que situações te deixaram magoada. E naturalmente TENS TODO O DIREITO DE SENTIRES o que estás a sentir, nunca desconsideres os teus próprios sentimentos. Não nos faz bem.
Tem em mente que o ser humano é complexo :)
Beijinhos no coração! :D
P.s. - Oh meu deus! Tenho de ir jantar a tua casa para cozinhares vegan para mim! ahahahaha
OLá!
Cada vez se vêm mais "disso"...Também vai sendo esse tipo de pessoas que nos fazem "crescer". Já a minha avó dizia; há mais quem nos queira mal, do que quem nos queira bem, Ou seja, não devemos contar tudo, sobre tudo quando não temos certeza na amizade. Também gosto de partilhar o bem ou o mal, mas tal como a Cláudia, fico azeda quando, de mim querem saber, mas "delas", nada!!
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Mundo louco...
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Beijo, e uma boa tarde!
No segredo está a alma do negócio. Nem todas as pessoas sabem guardar um segredo nem têm a capacidade de confiar como tem a Cláudia. Essa a verdade.
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As maiores felicidades
Abraço
Assunto sensível Cláudia,
Do que tenho vivido prefiro acreditar que mais vale andar mesmo é calado, apesar de "nós" confiarmos na pessoa, não quer dizer que "ela confie em nós", muito infelizmente.
Muitas vezes partilhamos mesmo por essa felicidade, por ser uma meta nossa e por querermos tanto que se realize que englobamos os nossos nessas metas, mas é um erro, cada vez acho mais isso. A energia do outro atrasa a nossa... em tanta coisa.
beijinho grande
Não acho que isso seja um erro nem da sua parte nem da dos outros. Apenas são maneiras de ser e estar diferentes porque as pessoas são diferentes. Por muito que nos custe, nem todos são como nós:)))). Para bem deles e nosso:).
Acho que depende um pouco da personalidade da pessoa e da forma como cada um lida com essas coisas. Eu quando fui às primeiras entrevistas tbm dizia em família que tinha ido. depois perguntavam-me: "e então? não ficaste?" Tinha de responder com um frustrante "não". Desde cedo que guardei isso para mim. Só passei a dizer quando corria bem até para me proteger e pela minha própria auto estima.
Não encares essa "discrição" dos teus amigos como uma ofensa, vê antes como uma forma de reagir. Cada um reage à sua maneira.
Concordo com a generalidade dos comentários aqui já feitos. Não podes ficar desapontada com os teus amigos só porque têm uma postura diferente da tua, são apenas maneiras diferentes de encarar as coisas. Há imensa gente que prefere só revelar quando já está tudo concluído e cujo resultado foi o esperado. Não me parece de todo descabido. Nem todo o mundo gosta de contar tudo o que anda a fazer... ;)
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