Toda a gente sabe, ou deveria, que para se poupar, temos que viver abaixo das nossas posses.
Repito que não estou a falar de casais com filhos, onde ganham o ordenado mínimo. Ou solteiros com filhos. Não é essa a minha realidade e então disso não posso falar.
Mesmo assim, posso dizer que o meu marido sempre viveu acima das suas possibilidades, por exemplo. Está agora a tentar aprender a controlar-se mas não está fácil senhores, nada fácil.
Mas vamos ao que interessa. Muita gente se endivida ou não poupa, porque as despesas crescem em função do ordenado. E mais ordenado poderá não significar, para muita gente, maior poupança. Porquê?
Porque assim que recebem o aumento, começam a ter mais despesas. E aqui está o erro.
Falemos de mim. Faz de conta que recebo 800€ limpos. Com as novas tabelas de IRS, vou passar a ganhar 50€ a mais (tudo suposições, os valores não são reais). Ora supostamente, poderia colocar esses 50€ de parte e aumentar a minha poupança. Mas, pensei logo em, por exemplo, começar a arranjar as unhas dos pés. Ou ir para a luta. Mas depois comecei a pensar e decidi ter calma.
E é este exercício que é necessário fazer. Nenhuma destas duas coisas é um bem de primeira necessidade, embora acredite que ambos me fossem fazer bem.
Assim o é se passasse a ganhar 1000€ limpos, ou 2000€. Normalmente as despesas aumentam em função daquilo que se recebe e nem sempre são despesas assim tão necessárias.
Ir logo a correr comprar um telemóvel topo de gama, um carro novo ou uma casa maior.
A minha intenção é "ser rica" e não "parecer rica".
Um assunto totalmente diferente será se quiser ter um filho. Essas despesas têm mesmo que ser e portanto, se quiser continuar a poupar, terei que ver onde corto ou como ganhar mais algum.
Acredito que estas "dicas" poderão ajudar alguém, pois infelizmente nem toda a gente pensa assim ou tem conhecimento disto. O meu marido era um deles.
4 comentários:
Ah, ah, ah...Ó Cláudia:))), a sua intenção é ser rica???! Ora bolas, então como é que vai conseguir isso numa só vida?! É muita audácia, devo dizer. E pode crer, pessoas como nós nunca hão-de parecer ricas. Os ricos, os tais que às vezes têm a blusa descosida, não vestem o que vestimos; não jantam ou almoçam onde almoçamos, são outra gente, aquela que nunca vemos, habitam outro planeta. Até dentro da classe média há fossos incomensuráveis, Cláudia.
Portanto, apesar de muita malta não o entender, não estamos nem estaremos no patamar da riqueza.
Outra coisa é lutar para melhorar a vida, facto que deve animá-la sempre. E se vir os seus esforços recompensados continua a ser bom que não deixe de lutar. Contra as aparências não tenho nada, a nossa aparência também nos pertence, somos responsáveis por ela. Mas viver para isso é que me parece mesmo um desperdício de vida.
Com tanta poupança, não se esqueça de ser feliz, ouviu? Digo-lho eu que também poupo qb; mas só para ser independente e não necessitar de terceiros.
Bom dia
Interessante o post.
Boa semana!
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Até mais, Emerson Garcia
Concordo.
Há muita coisa que poderia fazer/comprar e não faço/compro porque não me interessa.
Não preciso de mostrar nada a ninguém. Só tenho o que preciso e sou feliz com isso.
Poderia comprar um carro novo, mas para quê se o nosso está bom?
Ganhe 1000 ou 2000 gastamos o mesmo. A única diferença é o dinheiro que se coloca de lado e a facilidade de lidar com despesas extra.
Haja saúde, que essa não se compra (mas o dinheiro pode ajudar).
Diria que depende i) da personalidade e ii) da necessidade.
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