quarta-feira, novembro 24

Desabafo

Na semana passada, soube que uma colega minha da faculdade, com 62 anos, faleceu.

Já não nos víamos há que tempos, mas quando soube da notícia, custou-me a digerir.

Custa sempre. Principalmente se é alguém que conhecemos. Mesmo que pouco.

E se isto me/nos faz pensar na vida, e que passamos o tempo todo chateados, amuados, stressados, etc, a verdade é que depois, nada muda.

Tentamos sempre mudar algo, pensamos no "não, agora é que vai ser" ou no típico "a vida é curta de mais" mas infelizmente é sempre a curto prazo. Voltamos à nossa rotina rapidamente.

Achamos sempre que vamos cá estar ad aeternum, que os nosso vão cá estar igualmente tanto tempo, mas a vida é mesmo uma incógnita. Nada sabemos dela.

Ela partiu pela doença da moda (digo isto com uma grande tristeza no peito pois já perdi pessoas pela mesma doença) - um cancro.

Eu própria já apanhei dois sustos que, graças a Deus, não passaram disso mesmo, sustos.

Mas uma coisa me deixa feliz nesta minha colega. Sei que curtiu à grande nos últimos tempos.

Ela saltou de avião, ela renovou os votos de casamento numa ilha paradisíaca, adoptou dois cães e mimava-os por demais, partilhou alegrias com amigos, família, viajou, eu sei lá. Acho que até uma tatoo ela fez! E isto deixa-me de coração cheio, apesar da tristeza.

Sei que foi muito amada, querida por todos e que todos se sentiram amados por ela.



4 comentários:

Isa Sá disse...

Eu sei bem do que falas.

Isabel Sá
Brilhos da Moda

A Teia Dos 20 Mais x! disse...

Que triste, lamento a tua perda e a de quem com ela se relacionou...

Um beijinho

bea disse...

Se todas essas coisas que a sua amiga experimentou lhe trouxeram felicidade ou bem estar, felizmente que as concretizou. Se não, se foi só porque vou morrer e deixem-me curtir...já não sei se valeram o trabalho. Mas, se a sua passagem melhorou os outros, se a vida que tiveram com ela foi melhor do que sem, se ela mesma gostou da estadia na Terra...aplaudo.
Felizmente desconhecemos quanto dura a vida. Deixarmo-nos levar por ela é muito natural, Cláudia. E todos os propósitos são intenções.

Cidália Ferreira disse...

É muito triste, mas mais valeu assim do que continuar a sofrer!
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Existem silêncios que atropelam ...
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Beijo e uma excelente tarde!

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