quarta-feira, fevereiro 9

1ª consulta de psicologia

Pediram-me para fazer um balanço e aqui estou eu.

Entretanto já tive a 2ª consulta, mas vamos lá falar da 1ª.

Para começar, como devem ter noção, não posso/devo contar o que falamos lá dentro. Mesmo a familiares. Porque acabamos por lhes dar ferramentas que eles poderão usar, mesmo que inconscientemente, para nos manipular.

Posto isto, falarei apenas do que posso/quero.

Como eu sempre disse, se comecei tarde? Comecei. Já devia ter ido à mais tempo (e agora tenho ainda mais noção disto) e não ter arrastado tanto. Mas o mais importante aqui é que fui. O passo está dado. E ainda bem que o fiz. 


A primeira coisa que vos digo é:

- Se sentem que precisam de ajuda, se tiverem essa oportunidade (€), não percam mais tempo e vão.

A segunda coisa que vos digo é:

- É importante criarem uma ligação com o psicólogo. Se não sentirem isso, troquem, sem medos.

Eu estava super nervosa (como é costume) por ir à consulta. Depois de sair de lá, fiquei ansiosa (mas a ansiedade boa) para lá voltar. Estava doida para ter a segunda consulta.

Admito que estava há espera de outro ambiente, tipo uma sala de estar, duas poltronas confortáveis, o ambiente quente, acolhedor... Nada disso. Estou a ser seguida na CUF e por isso, é mesmo um gabinete médico.

Esta 1ª consulta pode ser diferente de todas as outras, mas foi a 1ª que me cativou. Porquê? Porque ele não se limitou a ouvir-me. Não lhe contei a história da minha vida (ainda, acho) e ele só ali calado, a ouvir. Não. Ele explicava-me coisas.

Ele, com 1 sessão, viu logo o tipo de ansiosa que sou. Explicou-me toda a "anatomia" de uma crise de ansiedade e ensinou-me uma respiração que, durante as três semanas que tive sem consulta, andei a fazê-la a cada 2h/3h. Falou comigo, "adivinhou" (porque parecia magia, mas ele é especialista na coisa) comportamentos meus... Eu chegava-me a rir. Tenho noção que ele começava a falar e eu estava de olhos bem cintilantes a ouvi-lo falar, pois acertava na muche.

Como disse, a 1ª pode ter sido diferente de todas as outras, mas cativou-me. A ver vamos a continuação...

Mas sabem, senti mesmo que precisava de dar este passo e apesar de tarde, foi dado na altura certa. Há coisas que não devemos forçar e se não foi antes ou se foi só agora, há-de ter um motivo.

E sinto que me vai fazer bem. Acho que logo na 1ª consulta cresci. 



6 comentários:

A Teia Dos 20 Mais x! disse...

Que bom é ler a tua experiência positiva, ainda bem que tudo superou as tuas expectativas e que foi um passo decisivo na melhoria da tua ansiedade.

Tudo correrá bem ;)

Beijinho

Marisa Reis disse...

Que bom, eu ando a convencer a minha mãe a fazer o mesmo. O meu pai faleceu à quase um ano e não há um único dia em que ela não chore e ultimamente culpa-o por tudo e por nada...está a ficar muito complicado...

Cidália Ferreira disse...

Essas consultas fazem sempre muito bem. São é caras. Mas sim, as pessoas não devem arrastar o adiamento!
-
A força da mente não me deixará ter frio
*
Beijos, e um excelente dia :)

- R y k @ r d o - disse...

Adoro psicologia.
.
Saudações poéticas.
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.

Anónimo disse...

Gostava/precisava de ir, mas ainda não ganhei coragem.
Já falei com psicólogos em outras ocasiões e senti-me intimidada.
Mas é mesmo por isso que deveria ir a um.

Ana Gonçalves disse...

Passei por uma situação delicada e sou acompanhada por uma psicológa no Hospital de SãoJoão, Porto. Entre o pedido e a data da consulta passaram apenas 2 meses. A psicóloga é excelente e sinto-me super bem acompanhada. Aconselho a pedir ajuda aos médicos de família ou, caso sejam seguidos em hospital, ao médico e nesse caso demora menos tempo a ter resposta.
Pedir ajuda não é vergonha, muito pelo contrário. Força para todos!!

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