Não vou falar do concerto do André Rieu há 2 semanas, em si ou única e exclusivamente, mas sim mais do que senti.
No geral, correu tudo bem. A ideia era ir jantar fora antes do concerto começar, mas assim que lá cheguei vi uma fila tão grande, fiquei com receio por causa do certificado e afins, que me coloquei logo nela.
Do nada começa tudo a andar, eram 19h10 já lá estava dentro. 1h20min ainda me restava de espera... 😒
Não percebi o stress das pessoas. Fui ao engano.
Mas bem, o concerto começou, fui sozinha como disse e só vos digo, tenho que ir mais vezes. Foi maravilhoso!
Em relação ao concerto em si, apesar de eu estar à espera de músicas de Natal e nem uma ter sido tocada, adorei. Conhecia bastantes músicas, ele ia fazendo piadas, metendo-se com o pessoal, foi mesmo muito giro.
Em termos de decoração, achei fraquito, mas ainda largaram lá uns balões e penas (acho) mas só em parte da plateia vip. Mas mesmo assim fartei-me de rir.
Cantei, dancei, ri-me imenso... Senti-me bem!
E foi esse sentimento que trouxe comigo.
Se eu na fila estava nervosa, se eu ao entrar estava nervosa e quando me sentei no meu lugar idem, depois passou. E veio aquele sentimento de "porra, eu consigo fazer isto"...
A ansiedade, como já vos expliquei, dá-me cabo de muita coisa, mas quando decido enfrentá-la, é quando me sinto "grande", preenchida.
Eu dei por mim a pensar, enquanto esperava que a coisa começasse, que se me apetecer ver um concerto no futuro e não tiver companhia, que vou sozinha mesmo assim.
É que realmente é um medo parvo que a ansiedade cria e que muitas vezes não o consigo vencer, mas depois, quando há este "confronto", sinto-me capaz de conquistar o mundo.
Sinto que nunca dependi de ninguém para nada, arranjo sempre maneira que fazer as coisas que quero/preciso, mas nem sempre consigo. Mas há mesmo que vencer este medo.
A verdade é que nascemos sozinhos, morremos sozinhos e não podemos, de todo, depender de alguém para fazer aquilo que gostamos.