No seguimento do post anterior, aconteceu uma coisa que já sabendo, só veio confirmar certezas.
Somos realmente presos por ter cão e por não ter.
O mundo critica porque é gordo, porque é magro, porque veste demais, porque despe demais... Nunca vamos ter um consenso. E está tudo bem! Apenas temos que nos guiar por nós, por aquilo que sentimos e pelo que a nossa consciência acha melhor.
O marido acompanhar-me ou não, aos exames.
A 1ª marcação que fiz, calhou a uma Quinta. Estávamos os dois a trabalhar e ele viu o meu desespero. Chorei muito, mesmo antes de saber o resultado. O choque inicial que poderia ter ali qualquer coisa...
Perguntou-me se eu queria que ele me acompanhasse. Disse que não valia a pena. Não sei o porquê, mas achei que devia ir sozinha e ele escusava de faltar ao trabalho. Por um lado, ainda bem que não foi, pois nesse dia nada foi realizado.
Mas horas antes de ir para os exames nesse dia, ele decidiu dizer ao patrão dele o que se estava a passar e se podia sair para me acompanhar.
A reacção do patrão: Epá H., esses exames não precisam de ser acompanhados. A minha mulher também faz e as minhas filhas e eu não vou com elas. Eu também fui operado e a minha mulher não foi comigo. Se fosse um filho, ainda percebia, é pequeno e tal... Agora a sua esposa? Mas eu vou ver se há trabalho e se não houver, pode ir.
Há aqui várias conclusões a tirar. Uma coisa é ser um exame de rotina, que existem, outra, é se formos descobrir que temos algo. Depois, nem toda a gente reage da mesma maneira ao ir ao médico. Depois a falta de humanidade do patrão.
Mas como eu costumo dizer, pimenta no cu dos outros é refresco.
Com o mal dos outros posso eu bem e parece-me que foi um bocado esta situação.
Com precisamente a mesma situação, eu ir ao médico e ter dito ao marido que não precisava de ir comigo, tive a reacção de uma amiga.
A reacção da amiga: Epá mas eu acho que ele devia ir contigo. Sério, tens que deixar as pessoas se envolverem nos teus problemas Cláudia. Acho mal teres dito que ias sozinha, etc, etc.
Vêem onde quero chegar? A mesma situação, duas reacções completamente diferentes. Uma pessoa que quase gozou com a situação, outra que estava tão preocupada como eu.
Mais uma vez, aqui a postura do patrão pode ser um dos muitos exemplos de má gestão que encontramos neste nosso Portugal, em que quase é proibido ir ao médico mas não é nisso que me quero focar.
Nunca vamos conseguir agradar a todos e qualquer que seja a situação, pensem em vós apenas, por vós. Pelo vosso coração e por aquilo que a consciência de cada um permite. Porque se formos a fazer o que os outros querem ou aquilo que pensam por nós, não vivemos e somos infelizes a vida toda.