No outro dia fui ao cinema e vi uma situação que me deixou meia desconfortável.
E o marido está a passar por uma situação que também não é das melhores...
Comecei a pensar na vida e já percebem o porquê do título.
É bom algumas coisas terem evoluído por causa do covid, tele-trabalhos e afins, esse poder de escolha para algumas pessoas/empresas, muito desenvolvimento a nível online, etc.
Mas por outro lado, muitas funções
acabaram e é assustador ver que hoje temos trabalho, amanhã poderemos
não ter, porque máquinas o farão melhor que nós. Não engravidam, não ficam doentes, nada. Há menos gastos. O investimento é feito de uma vez.
No cinema, já não há a pessoa a picar bilhetes, agora é uma máquina que lê o talão.
Já o marido, é impressor, coisas impressas estão a acabar. Cada vez se usa mais o online (jornais, notícias, etc). Nem sabe se passa deste ano.Vai fazer o quê? Nunca fez mais nada a vida toda.
A minha mãe era agente do círculo de leitores, despediram toda a gente... Não há revista física. Agora é tudo online também.
Se há muita gente a desistir de ser sócio, no caso da minha mãe, porque preferiam ver a revista física, a verdade é que realmente foi uma jogada de mestre. Querem. vêem online. Não pagam impressão de revistas, não pagam aos agentes, não pagam aos coordenadores.
Se não há impressão, trabalhos como os do meu marido, poderão acabar e aliás, cada vez se vê mais disso, gráficas a fechar.
Até o meu trabalho, Contabilidade, há coisas que poderão ser feitas por máquinas. E as coisas cada vez estão mais autónomas, onde antes eram 50 pessoas faz de conta, agora 5 ou 6 chegam.
E isto é mesmo assustador.
Supermercados, com caixas automáticas.
Lavagens automáticas.
Não sei para onde caminhamos, mas não parece que vá ser fácil estar lá.
6 comentários:
É uma situação complicada que se vem agravando ao longos dos anos e à medida que a tecnologia avança. a sobrevivência não se avizinha fácil nos próximos tempos.
Isabel Sá
Brilhos da Moda
Cada vez mais a máquina substitui o trabalho humano. O Covid-19, veio aguçar o engenho e, fez alertar para que as coisas em casa até funcionam. Quer ler jornais? Paga e lê online. Já se vê nos supermercados pessoas a passarem por caixas e a registar o que levam. Não sei se não vão haver muitos "chicos espertos", burlões, a passar por essas sem pagar. O ser humano para seu proveito inventa tudo. O desemprego cada vez será mais extenso e... muito preocupante.
.
Abraço fraterno
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
Há algumas profissões(canalizador, electricista, etc) que possivelmente se irão manter sempre mas cada vez mais vivemos dependentes de máquinas e sim é assustador..."eu ainda sou do tempo" em que não havia computadores, telemóveis, internet e agora tudo isso é comum em qualquer casa.
Realmente é assustador. Mas é uma realidade! :)
-
O silêncio incita o coração...
-
Beijos e um excelente dia!
Também penso muito nisso. E no que poderão fazer as pessoas que ficam desempregadas. É verdade que o mundo tem destas incomodidades cíclicas. É verdade que a revolução industrial também causou muita miséria e o consequente sofrimento. Mas, para além disso, julgo que caminhamos para um automatismo que me parece perigoso. Não são apenas os empregos que estão em risco (e já não era pouco), somos nós mesmos como nos conhecemos.
Eu ainda sou old school: papel.
No cinema, a parte dos talões não choca honestamente. A função da pessoa que lá estava a picar era um bocado redundante e a gente sabe que nem todos pagavam.
Qto Às revistas, sempre papel. Jornais, idem (o meu compra sempre o jornal de noticias ao domingo). Livros também em papel. Já basta o trabalho para estarmos sempre em frente ao ecrã.
Não acho que a migração seja assim tão linear.
Enviar um comentário