sexta-feira, setembro 15

Do avô

Já fez dois meses que o perdi. 2 meses!

Só agora a parte do lar ficou resolvida e portanto, a partir de agora posso tentar ver em como me posso mexer e fazer a devida queixa.

Soubemos que o amigo do meu avô, lá no lar, tem andado muito em baixo. Só agora é que começou a arrebitar. Já disse à minha mãe para o irmos lá ver e levo-lhe um arroz doce, que o Sr. tantas saudades tem de comer.

Não sei é se estarei preparada, ou a minha mãe, para lá ir. Uma vez que íamos lá para ver o meu avô.

E eu, a saber que cada dia é um dia, pensei estar melhor. Quer dizer, e estou! Já não choro todos dias. Às vezes parece que me "esqueço" que o meu avô não está cá e quero ir vê-lo, mas depois cai a fixa e sei que não posso...

Mas a minha mãe voltou a transferir uma tranche da herança que ele nos queria dar e quando a vi na minha conta, comecei a chorar. E estava no trabalho.

Comecei a chorar porque foi de novo aquela chapada que ele já cá não está.

Claro que o dinheiro dá jeito, apesar de eu nem mexer nele, eu sei que ele está lá. Sei que foi dado com amor e ele está em paz, mas pelos vistos, eu ainda não.

Senti o aperto no coração. Senti falta dele, de o ver, de falar com ele.

O Psicólogo disse e afirma que era o meu "modelo masculino" devido a não falar com o meu pai. Uma "substituição", digamos assim.

Talvez sim, é bem provável. 

E por isso, custa ainda mais.

Mas só sei que o quero deixar orgulhoso. E acho que consegui e vou conseguir mais vezes.

Olha por nós aí de cima, avô.



3 comentários:

J.P. Alexander disse...

Siempre uno recuerda a quien nos dejo. Te mando un beso.

A teia dos 20 mais x disse...

Vai ser sempre uma saudade, um beijinho grande

Bom fim de semana :)

bea disse...

Felizmente a memória guarda o que foi e não é mais. Apesar disso ´d mister reconhecer: há horas difíceis.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...