quinta-feira, março 14

Do trabalho

A cair de podre, mas cá tentam continuar.

Mais um ano que não sei o que será de nós.

Nos entre tantos, mais duas pessoas foram embora.

Claro que o trabalho reduziu. É óbvio. Menos vendas, automatização de algumas tarefas e por aí.
Mas a empresa, a ver de muita gente, já deixou de estar em serviços mínimos. Isto é menos que mínimo.

Nos entre tantos também, passaram-me mais uma tarefa. Quer dizer, não me passam o valor de fora para a folha, porque a empresa não quer/pode pagar mais os impostos sobre este valor, não me deram aumento e estou praticamente com o ordenado mínimo, mas sirvo para ter mais tarefas.

Senti que a colega quis despachar esta tarefa. Disseram-me que era organizada e "certinha", mas sinceramente, certinha sou eu, que ando atrás do prejuízo já, porque ela me entregou o trabalho com imensos atrasos!

Se eles merecem? Não. Mas adorava conseguir recuperar tudo e depois, ao mês, só tinha o que apareceu de novo para fazer. Era o ideal.

E pior, sinto que para ensinar, não há muita disponibilidade. Mas comigo está enganada, se acha que vou fazer mal ou ficar sem perceber. É que não faço mais nada até estar tudo entendido. O meu chefe já sabe como funciono.

Mas é isto. Mais uma tarefa.

O que vale, mais uma vez, e o que me tem feito ficar são vários motivos:

- Uma decisão que precisa ser tomada, sem ela, não posso ir para aventuras laborais;
- Faço 3 dias em casa de tele trabalho;
- Quando tenho que ir à empresa, estou a 500m da mesma;
- Como não me aumentam, só me dão trabalho, tudo e mais alguma, responsabilidades brutais, etc, quando preciso vou ao médico e apesar de compensar sempre parte das horas, não tenho essa obrigação. É um não assunto para o meu chefe e agradeço-lhe por isso.

Uma mão vai lavando a outra, pois claro.

E noto que, comigo, ninguém vem com conversas parvas.

É que além de saber praticamente tudo ou tudo mesmo em relação à empresa, até coisas que supostamente "não devia", apesar de eu querer trabalhar e odiar sequer pensar em desemprego, acreditem, eles ficariam bem pior sem mim, que eu sem eles.

Posto isto, eles têm sempre a faca e o queijo na mão. Mas eu aqui, sinto que o queijo não está todo na mão deles. O meu chefe até treme quando eu falo em sair e ir embora e desmotivação.



4 comentários:

bea disse...

Puxa vida, Cláudia, até faz tremer o chefe. Não é para todos. E desejo que seja um bom sinal.
Um abraço

A teia dos 20 mais x disse...

Olá Cláudia,

Vendo a tua publicação fiquei a pensar, ... tens aí coisas boas e a refletir.

Eu sei que o ordenado mínimo é baixo, sim é, mas, estás 3 dias em casa, custos com deslocação, marmitas, lanches etc, não tens, ficam em casa e se fores como eu qq coisa serve :D, deslocações, ao preço que estão os combustíveis esquece, não vale a pena receber muito acima do que estás e teres de fazer 10 km para ir e voltar, ao fim do mês é um gasto do caraças. Essa proximidade à empresa é ótima para andar a pé, sem gastos, e para limpar a cabeça quando preciso.

Claro que o trabalho pode andar numa fase de incerteza maior... mas isos é geral também. Infelizmente.

Um beijinho e força

J.P. Alexander disse...

Uy ojala las cosas mejoren en tu trabajo. Re mando un beso.

O ultimo fecha a porta disse...

Lá se vai aguentando. Já há bastante tempo que vais dizendo que está mau.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...