Como falei na semana passada, quem me segue há mais tempo, sabe que sempre desejei ter um part time para poder ter mais dinheiro e que desse para realizar a partir de casa ou mudar de trabalho, para um que me valorize e pague em condições, sendo isso o ideal. Poder ganhar mais a trabalhar as mesmas horas, claro.
No meio disto tudo, a vontade de ter um negócio próprio sempre esteve presente.
Arranjei a limpeza das escadas até agora e foi só. Mas sempre são mais 55€ que entram por mês.
Com o nascimento do meu Tomás, a minha cabeça não pára, mas não pára mesmo só a pensar em querer sair da zona de conforto.
É claro que precisamos de mais dinheiro. Agora com ele ainda pequeno, até se vai fazendo... Mas quando ele for maior, se eu já me privo para poder poupar, aí então nem sei. Ou não poupo ou preciso de uma solução.
Mas o verdadeiro motivo, agora... É realmente poder acompanhá-lo no seu dia a dia. Dar outro tipo de acompanhamento.
E cada vez mais penso em ter o meu negócio. Acho que nunca avancei tanto com pesquisas, como agora.
Nunca pensei tanto em aplicações ou negócios físicos mesmo. A vontade é muita.
Verdade seja dita, mais uma vez, ninguém fica rico a trabalhar para um patrão. É esta a verdade.
Embora, como referi, preciso de mais dinheiro, surge mesmo esta vontade de dar a volta à vida, sair da zona de conforto. Também já pensei em arranjar só um part time e poder então acompanhar o pequeno... Mas o corte salarial ia ser grande e eu não ia ficar satisfeita.
Então, ter algo meu, nosso, pelo qual valha a pena lutar e matar a trabalhar. E quem sabe, proporcionar um futuro melhor ao Tomás.
O marido também sempre teve esta vontade e cada vez pensa mais nisto igualmente.
Claro que temos algumas ideias, mas o medo de arriscar é sempre muito.
Acho que, não sendo ideal, uma boa maneira de contornar a situação, era ter um sócio.
Como a prima do marido, com a questão da creche. Ela entrou com uma sócia. Entrava com metade do capital e a responsabilidade era dividida também e ganham as duas. Era perfeito.
Sei de um colega que também anda a querer alargar horizontes e anda aí nuns negócios que, não indo enriquecer, estão já a dar-lhe retorno... Também não era mau pensado.
Falei com ele e disse-me apenas que oportunidades não faltam por aí, é só andar atenta. É como dar um pontapé numa pedra e a oportunidade aparece...
Ora, eu já chutei várias pedras e nada...
Mas, mais uma vez, muito a sério, sinto mesmo esta coisa urgente a crescer dentro de mim. Esta vontade de ter mais, fazer mais, fazer diferente e arriscar por uma vida melhor e não por um trabalho que não me valoriza, que exige mundos e fundos e nada dá.
Já pensei também em quê? Se realmente em vez de criar um negócio, já que tenho capital que estou disposta a usar, usar esse mesmo capital e investir mais nas acções. Tem risco igualmente, pode correr bem ou mal, mas não tenho que despender do meu tempo para... e o dinheiro vai caindo na conta das acções.
Mas claro, se 5mil€ me estão a render 150€ ao ano +/-... preciso de um montante mesmoooo enorme para chegar assim a três dígitos, mas ao mês!
Eu ando a lançar a corda, a ver "quem pega". Pessoas que sei que querem avançar mais, ter negócios próprios, poder largar um trabalho que não nos satisfaz em nada e ganhar esse extra. Acabar por "trabalhar mais" não trabalhando. Ter dinheiro a entrar desses "extras" e ao mesmo tempo poder usufruir de mais tempo para ter com a família...
E sim, se tivesse dinheiro no imediato, eu não tenho dúvidas dos negócios que abriria... Uma creche com lar de idosos, que acho brutal o que acontece a ambas as partes;
Um ginásio completíssimo;
Talvez criasse uma linha de proteínas e suplementos, como gosto muito;
Algo relacionado com comida, ou um restaurante ou algo do género.
Não tenho dúvidas do que quero, aqui o "problema" é querer de mais" digamos assim.
6 comentários:
Tienes razón uno debe tratar de ser más abierto. te mando un beso.
Essa mudança também pode estar relacionada com a chegada do Tomás, com o quereres mais e melhor para ele e para vocês enquanto família. É muito normal, eu senti o mesmo, mas diferente porque eu gosto muito da empresa onde trabalho.
Bom... As ideias que dás no fim acho todas super indicadas para o tipo de pessoa que és. Essa do ginásio achei a melhor, porque é a que menos precisa de ti lá fisicamente ou pelo menos por tantas horas como seria um restaurante.
Espero que com o tempo consigas definir uma ideia, e se o marido alinha melhor ainda.
5 mil a render 150€ ao ano, muito bom mesmo assim, eu tenho bem mais do dobro nos ca e estou para receber este ano +/ 190.
Beijinhos
A teia dos 20 mais x
Bom dia Cláudia.
Antes de mais, é por isso mesmo que eu constantemente digo que a maternidade me mudou para melhor. A cabeça trabalha constantemente no sentido de melhorar, crescer, encontrar segurança em vários pontos da vida.
Acho maravilhoso essa ambição e esse desejo. Contudo, deixo-te aqui 2 pontos baseados na minha perspetiva pessoal, que acho que vale a pena a reflexão:
1) Abrir negócio em sociedade. Pode ser muito bom no sentido em que o capital inicial é feito em 2 partes ou mais, e o trabalho e responsabilidades ficam divididos. Mas... é muito difícil encontrarmos alguém que partilhe da mesma ética de trabalho, que visualize um modelo de negócio exatamente da mesma forma. Quando chega o momento das decisões, não te cabe só a ti tomá-las e muitas, muitas vezes as sociedades dão para o torto precisamente porque não conseguem entender onde se investe, como se gere a tesouraria, na política empresarial que querem implementar. Trabalho há mais de 20 anos para uma empresa que já teve 3 sócios, neste momento tem 2 e simplesmente passam a vida às turras e o investimento praticamente parou porque um já mal pode ver o outro. Esta empresa também tem empresas ''filhas'' e sócias e sinceramente não vejo nenhuma ter o sucesso esperado. Porquê? Uma vez mais, os sócios. Evidentemente que há casos de sociedades de sucesso, mas entendo que é por serem efetivamente pessoas que são motivadas, partilham valores e ideologias e conseguem dar ao negócio na mesma medida. Se eu pensasse abrir um negócio, sinceramente olho à minha volta e não vejo com quem quisesse arriscar.
2) Negócio próprio, dependendo do negócio, não te dá mais tempo livre, pelo menos numa fase inicial e nos primeiros anos em que estás a criar o teu espaço no mercado. Aqui não falo por mim, mas pelo marido. O telefone passou a ser um apêndice dele, toca fins de semana, férias, horas de almoço e serão. Às vezes digo-lhe que nas férias devia desligar o telefone, e ele às vezes desliga, outras vezes diz que é muito complicado porque perde negócios que garantiria se atendesse aquela chamada e não se pode dar ao luxo de desperdiçar assim oportunidades. A responsabilidade é muita, e sinceramente passou a ter bem menos tempo para a família do que antes. Compreendemos e apoiamos. É verdade que nos deu mais folga financeira porque ele gere bem, mas longe de dizer que está mais disponível para a família até porque não é um trabalho de secretária que se não fizer de manhã, faz à tarde ou à noite.
Relativamente à restauração, é igual, longe mas longe de se ter flexibilidade para se conciliar com filhos pequenos. São muitas das vezes 6 dias por semana, começar de manhã cedo e terminar a não sei quantas horas da noite (assumindo ser um espaço que sirva almoços e jantares). Por cá também já ponderamos porque dizem adorar os meus pratos e que teria jeito, mas pessoalmente vejo ainda como uma prisão e não me cativa.
Seja como for, desejo toda a sorte do mundo, e se não tentar, nunca saberá se resulta.
Beijinho.
Olá @anónimo 10h07
Muito obrigada pelo comentário.
Tem toda a razão e já pensei nisso tudo sim... :/
Daí ser tão complicado.
Para não falar no medo em avançar, que é real.
Sinto-me um bocado de mãos e pés atados. Ainda para mais com o pequeno, posso e não posso arriscar ao mesmo tempo, mas só sei que ele se tornou a minha prioridade.
Beijocas
Olá!
Como te disse, sempre trabalhei por conta própria mas tive a sorte ou o azar de me deixar "levar" por algo em que o meu marido já trabalhava. Ou seja, apenas me juntei a ele, abrimos a nossa empresa, e depois criei uma só minha, na mesma área. Portanto saltei essa questão de ter de escolher o negócio em si ou a área, mas confesso que não adoro o que faço. Adoro a disponibilidade de fazer o que quero, à hora que quero. Faço os meus horários, mas tem o reverso da medalha. Não há folgas, não há baixas, não há licenças de maternidade. No dia em que parti o tornozelo, estava internada no hospital a emitir guias de transporte às 22h, para o dia seguinte. Sou só eu e o meu marido e não há mais quem faça isto por nós. Férias, durante muitos anos não tivemos, porque o telefone não parava. Tal como não parava aos fins de semana, e até à meia noite tínhamos clientes a ligar - sim, há gente sem noção.
Para bem da nossa sanidade mental tivemos de começar a fechar mesmo a empresa duas semanas por ano, e nessas semanas o telefone de trabalho fica em casa. Mesmo assim, no resto do ano, não trabalho menos que os outros, apesar de poder acompanhar os meus filhos a todas as actividades, todas as consultas, tirar o dia de anos deles de folga se me apetecer, sem dar explicações a ninguém. Pude acompanhar o meu pai na sua doença até ao final, e não trocava isso por nada. Mas tem o seu preço. Tu do teu trabalho sais às 17 (por exemplo, não faço ideia), e não tens de te preocupar com mais nada até ao dia seguinte. Tendo um negócio próprio nunca desligas a 100%. Nem nas férias. São muitas noites sem dormir quando há menos trabalho, e quando não te pagam. Já para não falar com a questão das sociedades. Neste caso o meu sócio é o meu marido, e quando nos desentendemos a nível de trabalho é impossível isso não prejudicar o nosso casamento. Eu dou muitas vezes o exemplo, imagina teres um sócio que num dia foi um palerma ou que cometeu um erro que te fez perder milhares de euros, e tu tens que dormir na mesma cama que ele. Lol
Quanto ao investimento em si, dependendo do que queres, obviamente, será quase impossível começares sem teres de ter crédito, pois imagino que não sejas rica. Tem portanto de ser algo bem pensado, bem estruturado, fazer um bom plano de negócios e depois envolver alguma loucura à mistura e torcer para correr bem!
Beijinho
Olá @Inês
Obrigada pelo testemunho.
Tens razão e acredito nas dificuldades que existem...
Aliás, se há pessoa que pensa em tudo o que pode correr mal, sou eu :) Por isso é que muitas vezes não se avança com nada.
Realmente, pessoal sem noção mesmo... 00h a ligar? Oh Deus.
Compreendo. Ter sócio tem a sua parte boa e má. É preciso mesmo estarem os dois bem oleados.
É essa liberdades que falas que busco também. Poder acompanhar o meu filho... Mas pronto, vou pensando, estudando e vendo o que dá :)
Obrigada
Beijinhos
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