Pensei antes de escrever este texto, porque quis falar com outras pessoas a ver se era eu que estava errada. Se, por eu não ter filhos, sou eu que não estou a ver o panorama completo.
Mas as respostas que obtive, foram praticamente de encontro ao que eu penso.
Tenho uma amiga que tem uma filha pequena.
Uma das vezes que trouxe a miúda cá a casa, já ela andava, passou-lhe uma caneca de cerâmica para as mãos. Eu fiquei a olhar, não fosse a miúda partir aquilo.
Ela vira-se para mim e diz: "Quem sou eu para dizer que a minha filha não consegue fazer as coisas? Se ela acha que consegue levar a caneca sem partir, leva-a e eu apoio":
Ok, concordo em parte com o que diz mas....
1º Não está em casa dela;
2º A caneca é minha. 😂
Não me interpretem mal. Eu não quero saber da caneca para nada, mas acho que as pessoas têm que ter noção das coisas. Cada casa tem as suas regras e temos que respeitar!
Se na minha casa não se entra de sapatos, não entram de sapatos e acabou a conversa. Não é porque na casa deles entram, que aqui vão entrar. E assim seguimos.
Outra situação foi a miúda aos pulos no sofá. Quer dizer, imaginem que eu tinha uma criança minha em casa. Se eu não quero que pule no sofá e ensino para não o fazer ou ralho para não o fazer, vem a outra e faz? Não me faz sentido!
Outra situação que aconteceu, foi antes de combinarmos as coisas, ela virar-se e perguntar se podia trazer um mini tampo de sanita para colocar na minha, porque a miúda estava no desfralde. Sim, claro que podes, disse eu.
"Ah ainda bem. E ela vai sem fralda está bem? É que se tiver que usar fralda, fica confusa!"
Eu disse que sim, podia vir sem fralda, mas depois comecei a pensar... E se faz xixi em cima da cadeira? Ou em cima do sofá? Ok que é ela que limpa, mas fico com a cadeira completamente inutilizada.
Se a miúda usa fralda na rua e se percebe que não está em casa dela, acho que era o mínimo do bom senso usar fralda na casa das outras pessoas também!
Até foi o meu marido que me chamou a atenção: "então e se ela fizer xixi na cadeira, como ficam as coisas?"
E realmente depois comecei a pensar nisso.
Eu não ia dizer que não, porque já estava a ver mesmo que depois a má era eu, a insensível era eu. Mas sinceramente, acho que são mesmo os outros os com falta de mínimos de noção.
Podem dar a vossa opinião sff?
13 comentários:
É uma criança. Se há amizade e empatia, não há drama. É só uma chávena e o sofá não vai partir.
Pela forma como descreve a situação, acedeu aos pedidos da sua amiga e não lhe apresentou o que refere serem regras da casa.
Em nada do que descreve percebo abuso. Mesmo saltar no sofá, a criança parece ser pequena, é normal. Talvez, de futuro, possa partilhar as suas regras ou não receber crianças pequenas em casa?
Bom dia. Já que pede a opinião, cá vai a minha. Tenho 2 filhos, uma menina de 7 que é super sossegada e nunca fez grandes asneiras e um pequeno terrorista de 2 anos. Recebo em minha casa filhos das minhas amigas da universidade, chegam a ser 8 cá em casa nos nossos almoços, e nas festas de aniversário já juntei aqui mais de 39 miúdos. Este assunto dá pano para mangas. Ora, quando vou a casa de outras pessoas obviamente que tento que os meus filhos se comportem. Obviamente que nem sempre é fácil porque são miúdos e gostam de testar limites. A minha mais velha sempre aceitou bem o não. O mais novo ainda está em processo de aprendizagem, chamemos-lho assim. Com isto quero dizer que se fôssemos a sua casa provavelmente iria saltar no sofá, mas pode ter a certeza que eu iria estar atrás dele a tira-lo e a dizer que não. Infelizmente provavelmente 5min depois iria tentar novamente. E eu iria andar atrás a dizer novamente que não. O mesmo com a loiça, etc. Obviamente que são crianças e pode sempre acontecer alguma coisa e partirem algo. Se não se está disponível a aceitar esse risco mais vale não receber crianças em casa. Mas acho que cabe aos pais zelar que isso não aconteça.
Isto é o que eu faço, com os meus filhos. Agora os filhos dos outros muitas vezes têm regras diferentes. Na maioria das vezes junto-me com mais 2 casais, minhas amigas da universidade. Uma tem 2 filhos, outra tem três. A que tem três menos mal. A outra que tem dois são uns verdadeiros vândalos e os pais nada fazem. Sobem tudo, mexem em tudo, abrem armários, e o diabo a sete. Eles vêem cá agora em Dezembro e a minha filha já me pediu se posso trancar o quarto dela porque eles dão cabo de tudo. Não faz isto com mais ninguém, adora brincar no quarto dela porque tem um beliche que costuma fazer as delícias dos miudos. Estes 2 em concreto, batem inclusive nos outros. O meu marido que é um paz de alma e raramente se chateia, teve de se passar com um deles a bater ao meu filho quando ele tinha um ano. Como o meu marido o contrariou ele ia bater no meu marido, coisa que não toleramos cá em casa. E os pais estavam a ver e nada fizeram, que é o que mais custa. Quero com isto dizer que às vezes é muito complicado receber em casa os filhos dos outros. É preciso poder de encaixe. Quanto à situação do desfralde é mais complicada. Se efectivamente a criança já nunca andar de fralda pode realmente ser confuso pôr-lha só porque vão a casa de outra pessoa. Mas se ainda usar na rua não vejo porque não pode usar em casa das visitas. Um xixi é muito chato de limpar. A Cláudia diz que seria a mãe a limpar mas acredite, não seria. Pode até dar uma passagem mas um grande xixi em pleno sofá ou cadeira de tecido, é muito chato porque o sofá absorve e é preciso molhar mesmo muito para limpar em condições e não ficar com manchas nem cheiros e como tal duvido que fosse a sua amiga a fazer esse trabalho. Entendo que não tenha querido dizer que não mas numa próxima situação se calhar mais vale ponderar todos estes contras antes de aceitar receber essa sua amiga. Efectivamente hoje em dia cada vez mais se vêem crianças mal educadas (não estou a dizer que seja o caso da filha da sua amiga), mas por exemplo na turma da minha filha há um miúdo que já tendo 6 anos fez cocó e andou a desenhar nas paredes com o dito cujo. Foram obviamente as funcionárias a limpar. Mas quando faço aqui as festas de anos penso sempre nesse cenário. Se algum miúdo fizesse isso passava-me. É que nesta idade não é um acidente de desfralde, é mesmo falta de educação e maldade mesmo, para além de falta de higiene em não se importar de mexer nas próprias fezes. Enfim. Desculpe o testamento.
olá
Sou mãe de uma menina! e acho que sinceramente falta muito bom senso ás novas gerações... tb já me tenho deparado com situações que não concordo!! e inclusive com sobrinhos que acham que os filhos podem TUDO! no ultimo jantar em minha casa foi o meu marido que se passou e Disse na vossa casa PODEM tudo aqui as regras são minhas! comer é na mesa e sem telemoveis!!(entre outros pequenos pormenores) e se no inicio não agradou aos pais! correu muito bem .Para mim é uma questão de opção!
A minha filha sempre lhe demos educação em casa!! temos de nos saber adaptar ...
beijinho
Ui ui, aqui está um tema que upa upa, dá pano para mangas.
Vou abordar os temas em separado, porque têm muito que falar, e já posso falar com causa.
Primeiro: A caneca
O nosso bebé usa copo à refeição desde o 1 ano de idade, mas é um copo de plástico, manuseia muito bem e felizmente nunca tivemos nenhum azar, e para ele foi natural o pegar no copo e o levar a boca. Se tiver connosco à mesa muitas vezes bebe do nosso copo, que é de vidro, mas só quando está a mesa connosco e porquê? porque se deixar cair o copo o copo ou cai na mesa ou no chão e ele não vai atrás dele. Agora em marcha/caminhar com copos de vidro ou barro não, nunca, e não tem nada que ver com a questão de acreditarmos nele ou não, está relacionado à segurança, se ele tropeça cai em cima dos cacos, e pode magoar-se e "ganhar medo" a algo que para ele é tão banal e nem nem liga, que é um mero copo.
Segundo: O desfralde
Também posso falar sobre, porque o nosso está a passar por isso agora também. Anda sempre de fralda, sempre, e ainda mais em sítios que ele não conhece nem se sente seguro. O que nós fazemos, assim como fazemos em casa é perguntar se quer ir ao bacio e vamos com ele lá, em casa de terceiros fazemos o mesmo, perguntamos e vamos lembrando-o de que se tiver vontade para nos vir dizer. Fazemo-lo sempre ao pé dele, baixados e quase ao ouvido, e isto porquê? porque ele nunca me ouviu aos berros no meio da sala com o pai, ou com a minha mãe, por ex. a perguntar se querem ir ao bacio, então aquilo é uma coisa dele, e como é dele nós privamos e falamos só com ele.
Agora andar sem fralda onde não conhece jamais, e se ele fizer xixi pelas pernas abaixo, vai ver os pais a correr que nem loucos na direção dele, pessoas que não conhece bem a olhar para ele com caretas "salvo seja", a dizerem qualquer coisa e etc... não, isso para mim não dá.
Ainda mais fora, o meu irmão mais velho tem duas filhas que já passaram essas fases todas, e até podia ser uma pessoa que compreende-se essas questões e até deixasse passar porque sabe o que é, mas não tem que ver com os adultos, é com o bebé, e as fases deles. E se até o meu irmão compreenderia e eu não faço na casa dele, não faço em lado nenhum. Aliás, nem na nossa casa o fazemos. O desfralde é sobretudo uma questão de segurança e confiança e isso não se ganha à força.
Terceiro: Não és mãe não entendes
Meu Deus! Isso dá-me uns nervos. Não tem mesmo nadinha a ver, é uma questão de bom senso é da parte do adulto. Eu cada vez acho mesmo mais que os pais se estão é a lixar para a educação dos filhos e os deixam ser selvagens só porque são "crianças". Não têm paciência nem disposição e os miúdos crescem sem limites. Este fds passado fomos ao forum a Coimbra e não te passa Cláuda, a quantidade de famílias a almoçar e com os bebés, sim até bebés com telemóveis! O nosso também viu claro, e talvez uns 5 minutos, não somos santos de pau oco, mas só depois de esgotar todos os recursos que tínhamos à mão, levamos livro, um piano com animais a dar som e animais de brincar... dá muito trabalho ser pai e mãe isso dá, mas somos os responsáveis e os limites têm de existir.
Quarto: O sofá e os saltos
A mãe disse alguma coisa? lá está... vai ao encontro do que disse mesmo agora atrás.
Nós temos de ser a coragem deles sim, acho que é a única coisa que concordo dessas "falas" da tua amiga, mas temos de ser a segurança também, o meu não usa vidros no chão/andar/correr e não é por isso que não sabe usar um copo... Não salta no sofá porque tenho imenso medo de quedas, salta na rua os passeios e obstáculos que encontramos por ex, não vai a casa nenhuma que mexa nos armários porque na nossa só há um que pode abrir, o das lancheiras :D e na casa dos outros não sabe onde é ahaha, falamos muito com ele, muito mesmo, e baixinho sem o intimidar à frente de ninguém. Acho que ajuda.
Beijinho Cláudia, grande tema! ;)
Bom dia!
Eu também não falei em drama, falei em falta de noção. E não é por ser criança que se pode permitir tudo.
Obrigada
Bom dia
Não, acabei por cancelar o encontro, pois fiquei doente. Até calhou bem.
Claro, o que é normal para uns, não é para outros. E está tudo bem. Cada um com as suas regras e opiniões.
Olá @Inês
Exactamente, é aí que quero chegar. Há comportamentos que são normais, são crianças, ok. Apesar que não sou apologista de se permitir tudo e perdoar tudo porque são crianças. Têm que haver regras e limites.
Também tenho essa ideia, há muita criança mal educada e do que vejo, parece que todos têm direitos, mas deveres ou obrigações, está quieto. Claro, tudo em conta com as respectivas idades.
Muito obrigada pela partilha.
Aqui está um belo comentário. "É uma criança" e desculpa-se tudo, principalmente a falta de limites impostos dos pais porque é uma criança. "só uma criança". É isso.... canecas à muitas, idades para retificar comportamentos é que não
Olá @Anónimo 09h14
Exactamente, como referi ali em cima, parece que só porque são crianças, tem que se perdoar tudo e deixar andar. E que só tem direitos, obrigações e deveres, está quieto.
É que imaginando nós a ter filhos, não me parece um comportamento que eu queira nos meus... Mas vou deixar os outros o terem?
Onde está a noção? Onde está a coerência?
Obrigada e beijinhos
Bom dia
Muito obrigada pelo teu comentário :)
Lá está, há mesmo muito pano para mangas.
Isto vai sempre bater também com a educação que queremos dar.
Volto a repetir, sinto que hoje em dia as crianças têm só direitos. Deveres e obrigações, está quieto. E tem que se perdoar tudo "só porque é uma criança".
Não me parece certo.
Mas mais uma vez, é a mínimo de bom senso.
Não é pela caneca em si, que avisei logo em qual poderia ou não pegar, é mesmo porque ok, não estás em tua casa....
E é como dizes, partia e depois? Mais uma vez, não quero saber da caneca. Mas a miúda cortava-se, o cão cortava-se, tinha que andar a limpar tudo.
Partia efectivamente o sofá. Difícil mas faz de conta.... E depois?
É que há coisas que podem ser tratadas com leviandade mas há outras que calma lá...
Beijocas
Não vejo no que descreve nada de grave no que a criança fez. Pode criticar a atitude da mãe, mas converse com ela e tudo se resolve.
Concuerdo contigo tu amiga debería criar mejor a su niña. Te mando un beso.
Enviar um comentário