Aproximações...

...não vou dizer indesejadas, mas já vão perceber.

Como já o disse aqui várias vezes, a vida a acontecer e algumas pessoas a afastarem-se. Uma destas pessoas, a minha "melhor amiga" (já não me faz sentido chamar melhor amiga, porque parece que temos 15 anos...). Conhecemo-nos há mais de 20 anos. 

Sempre aqui o disse abertamente, que sempre senti que se afastou pelo facto de eu não ter filhos. Ela tem os dela, estão sempre doentes e ok, não tem tempo para falar tanto. Eu percebo e está tudo bem. Da mesma maneira que eu não passo tanto tempo ao telefone como antes e está bem também.

A questão é que eu sabia que com outras pessoas ia falando... Fui-me afastando, em resposta também ao afastamento. 

Houve um dia em que o meu marido se "meteu" entre nós e foi falar com ela, porque já há muito que não nos víamos. Passei-me. Justificou-se que, como sendo nós amigas aos anos, não fazia sentido não nos falarmos. Ok, entendo o que o moveu e a atitude foi bonita em parte, mas não lhe compete a ele resolver coisa nenhuma. Ficou tudo em águas de bacalhau.

Até que chegou o momento de começar a contar da minha gravidez e admito que ela foi das últimas pessoas a saber. E eu disse por mensagem, como disse a toda a gente, excepto à minha mãe. 

Pois que desde esse dia, aconteceu aquilo que eu já sabia que ia acontecer. Aproximou-se. Ou está a tentar... 

Mas para mim, as coisas não funcionam assim. E não estou a deixar que se aproxime demasiado.

Passou de não falar durante meses a fio, para vir falar, pelo menos, 1x por semana. Pergunta como estou, ok, mas depois começam as famosas conversas de merda, que a mim me tiram do sério que é uma coisa extraordinária.

Mas, como disse, percebi que a aproximação se deveu a esta mudança na minha vida. Mas lamento, mais uma vez, eu não funciono assim. E quem se afastou antes, eu vou fazer os possíveis para manter afastados agora e no depois.

Não mando fotos a quase ninguém e não partilho as idas ao médico com toda a gente, só a minha irmã, marido, óbvio e uma amiga. E está tudo bem e chega!

Agora virem com conversas para cima de mim, porque a minha vida vai mudar e agora vai existir uma criança e talvez queira que os nossos filhos sejam amigos... azar. Tivesse pensado nisso antes. Ou não me tivesse posto de lado pelo facto de eu não ter filhos na altura.

É que perdeu a minha confiança, mesmo.