quinta-feira, maio 25

Família

Cada vez penso mais na minha família.

O ter alguma família longe, a família ser pequena, o não nos darmos com tios, primos, etc...

Faz-me pensar cada vez mais em tomar uma decisão se quero ou não, de facto, ser mãe. A vontade não vem, o tal chamamento, mas vejo o tempo a passar e tenho receio que depois, se apetecer mesmo, seja tarde demais.

Infelizmente não penso nesse assunto com o devido carinho, mas mais como uma "obrigação". Não sei explicar. Não tenho nenhuma pistola apontada à cabeça, mas também não sei explicar de outra maneira 😂

Pelos motivos que enumerei acima. Vejo-me a ficar sem família e mesmo a que tenho, distante, não preencha aquele vazio que sei que vou sentir quando os meus mais que tudo não estiverem cá...

Não penso que os filhos vão servir para a velhice, como muitas vezes ouço. Estou a pensar, por um lado, um bocado egoísta, numa vertente de preencher um vazio que sei que vai existir.

Claro que depois de ter a criança, acredito que a ligação será imensa e inata. Que farei tudo por aquele ser, como já compararam, tipo o cão. Inicialmente não o queria, mas agora não vejo a minha vida sem ele. E se o vejo mal, eu fico mal e preocupo-me.

Não sei se será o melhor motivo, a melhor motivação, mas é a que tenho para, pelo menos, me pôr a pensar.



7 comentários:

J.P. Alexander disse...

Buena reflexion te mando un beso.

bea disse...

Pois vá pensando. Mas, se não os deseja, que mal tem?! Ainda que seja questão de decisão conjunta, penso eu. Pode realizar-se de outra forma, a doação aos outros faz-se de tanto modo...(se acaso é isso que a preocupa).
Posso dar-lhe um exemplo que não sei se ajuda. Conheço alguém com doença grave que me disse um dia destes, "só tenho pena de não ter tido um filho". É desejo que, neste momento, no seu caso, já não tem emenda. Talvez a pessoa em causa julgue hoje que um filho, na sua situação, a ajudaria e faria menos solitária. Mas os filhos são outra coisa e a solidão que mora dentro de cada um e é variável de acordo com esse um. Quero dizer que não se cura com um filho embora ajude, um filho fixa-nos. Esta mulher foi uma viajante incansável, fez a vida como quis que limitações monetárias não as conheceu. Era bonita - ainda é - e decerto teve namoros e afins. Tinha casa própria, mas escolheu viver com os pais. Não me parece que tenha cultivado amizades profundas. Que responderia a Cláudia a este desabafo sobre os filhos que não houve e de que talvez nem sentisse a falta se a vida - ou a morte - fosse diferente. Dei-lhe (a ela) a minha resposta; e a sua, como seria?

Maria disse...

Se ainda tem dúvidas, congele óvulos para se assegurar que quando quiser tem esse recurso. Com o nível de infertilidade a crescer, é o que se está a recomendar medicamente.
Maria

A teia dos 20 mais x disse...

Eu sinceramente nunca achei graça ao "chamamento", "esperar o chamamento", que é isso? Respeito quem acha isso, mas não penso que a maternidade tenha de passar por um chamamento antes, ou lá que seja isso.

No dia que decidi ser mãe a única pergunta que me fiz foi "serei uma boa mãe?" a partir da resposta que me dei tomei a minha decisão em consciência.
É viver a saber que já não é mais o meu umbigo que importa a partir dessa decisão e encarar o que vier. Por sorte consegui engravidar logo no mês seguinte e sou de facto a mãe mais feliz deste mundo, é cansativo, é, bastante mas em consciência já o sabia, viver é diferente sim, mas tudo se consegue.

E o máximo que posso dizer a favor da maternidade é:

Tens uma companhia para o resto da tua vida, nunca mas mesmo nunca mais estarás só, estejas fisicamente ou não com o/a filhote/a. O teu coração nunca mais será o mesmo.

Um beijinho

Anónimo disse...

Tenho dois meninos e senti o "chamamento" para os dois (aos 29 e 33).
Estava nos planos ter o terceiro por volta dos 40, mas ainda não senti o chamamento, nem a firmeza do "não quero". Ter filhos pequenos é exigente, não sei se ainda tenho força para isso. O pai diz "nim", aceita o que eu decidir.
O meu marido tem 3 irmãos (30-40 anos) e nenhum deles é casado, nem têm filhos. E tenho muitos amigos na mesma situação, alguns casados.
Faz bem em ponderar e, se pensa nisso, talvez seja esse o início do tal "chamamento". :)
No dia em que nasceu o meu primeiro filho eu (re)nasci com ele. Com o 2º renasci novamente. Já não sou a mesma.
Felicidades!
SM

Jaime Portela disse...

Tenha 2 ou 3 filhos.
Vale a pena e nunca se arrependerá. Falo por experiência própria.
Continuação de boa semana.
Um beijo.

Cidália Ferreira disse...

Não há nada mais rico e melhore que uma familia unida e feliz!
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Gotas de orvalho em enredo...
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Beijo, e uma boa noite

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