Cada vez penso mais na minha família.
O ter alguma família longe, a família ser pequena, o não nos darmos com tios, primos, etc...
Faz-me pensar cada vez mais em tomar uma decisão se quero ou não, de facto, ser mãe. A vontade não vem, o tal chamamento, mas vejo o tempo a passar e tenho receio que depois, se apetecer mesmo, seja tarde demais.
Infelizmente não penso nesse assunto com o devido carinho, mas mais como uma "obrigação". Não sei explicar. Não tenho nenhuma pistola apontada à cabeça, mas também não sei explicar de outra maneira 😂
Pelos motivos que enumerei acima. Vejo-me a ficar sem família e mesmo a que tenho, distante, não preencha aquele vazio que sei que vou sentir quando os meus mais que tudo não estiverem cá...
Não penso que os filhos vão servir para a velhice, como muitas vezes ouço. Estou a pensar, por um lado, um bocado egoísta, numa vertente de preencher um vazio que sei que vai existir.
Claro que depois de ter a criança, acredito que a ligação será imensa e inata. Que farei tudo por aquele ser, como já compararam, tipo o cão. Inicialmente não o queria, mas agora não vejo a minha vida sem ele. E se o vejo mal, eu fico mal e preocupo-me.
Não sei se será o melhor motivo, a melhor motivação, mas é a que tenho para, pelo menos, me pôr a pensar.
7 comentários:
Buena reflexion te mando un beso.
Pois vá pensando. Mas, se não os deseja, que mal tem?! Ainda que seja questão de decisão conjunta, penso eu. Pode realizar-se de outra forma, a doação aos outros faz-se de tanto modo...(se acaso é isso que a preocupa).
Posso dar-lhe um exemplo que não sei se ajuda. Conheço alguém com doença grave que me disse um dia destes, "só tenho pena de não ter tido um filho". É desejo que, neste momento, no seu caso, já não tem emenda. Talvez a pessoa em causa julgue hoje que um filho, na sua situação, a ajudaria e faria menos solitária. Mas os filhos são outra coisa e a solidão que mora dentro de cada um e é variável de acordo com esse um. Quero dizer que não se cura com um filho embora ajude, um filho fixa-nos. Esta mulher foi uma viajante incansável, fez a vida como quis que limitações monetárias não as conheceu. Era bonita - ainda é - e decerto teve namoros e afins. Tinha casa própria, mas escolheu viver com os pais. Não me parece que tenha cultivado amizades profundas. Que responderia a Cláudia a este desabafo sobre os filhos que não houve e de que talvez nem sentisse a falta se a vida - ou a morte - fosse diferente. Dei-lhe (a ela) a minha resposta; e a sua, como seria?
Se ainda tem dúvidas, congele óvulos para se assegurar que quando quiser tem esse recurso. Com o nível de infertilidade a crescer, é o que se está a recomendar medicamente.
Maria
Eu sinceramente nunca achei graça ao "chamamento", "esperar o chamamento", que é isso? Respeito quem acha isso, mas não penso que a maternidade tenha de passar por um chamamento antes, ou lá que seja isso.
No dia que decidi ser mãe a única pergunta que me fiz foi "serei uma boa mãe?" a partir da resposta que me dei tomei a minha decisão em consciência.
É viver a saber que já não é mais o meu umbigo que importa a partir dessa decisão e encarar o que vier. Por sorte consegui engravidar logo no mês seguinte e sou de facto a mãe mais feliz deste mundo, é cansativo, é, bastante mas em consciência já o sabia, viver é diferente sim, mas tudo se consegue.
E o máximo que posso dizer a favor da maternidade é:
Tens uma companhia para o resto da tua vida, nunca mas mesmo nunca mais estarás só, estejas fisicamente ou não com o/a filhote/a. O teu coração nunca mais será o mesmo.
Um beijinho
Tenho dois meninos e senti o "chamamento" para os dois (aos 29 e 33).
Estava nos planos ter o terceiro por volta dos 40, mas ainda não senti o chamamento, nem a firmeza do "não quero". Ter filhos pequenos é exigente, não sei se ainda tenho força para isso. O pai diz "nim", aceita o que eu decidir.
O meu marido tem 3 irmãos (30-40 anos) e nenhum deles é casado, nem têm filhos. E tenho muitos amigos na mesma situação, alguns casados.
Faz bem em ponderar e, se pensa nisso, talvez seja esse o início do tal "chamamento". :)
No dia em que nasceu o meu primeiro filho eu (re)nasci com ele. Com o 2º renasci novamente. Já não sou a mesma.
Felicidades!
SM
Tenha 2 ou 3 filhos.
Vale a pena e nunca se arrependerá. Falo por experiência própria.
Continuação de boa semana.
Um beijo.
Não há nada mais rico e melhore que uma familia unida e feliz!
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Gotas de orvalho em enredo...
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Beijo, e uma boa noite
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