Tenho andado a ver só as letras gordas nas notícias que falam que cada vez mais países aderem a esta semana de 4 dias.
Ainda não percebi bem como funciona, mas eu tenho ideia que é ter um fim-de-semana mais comprido. Mas, já me vieram dizer que significa também que se tem que trabalhar 10h nos outros 4 dias e não as habituais 8h.
Alguém sabe como é com certeza?
Isto é muito giro, mas, como sempre, tem que se começar por baixo em primeiro lugar.
Se os patrões/chefes/directores no geral e falando por alto, continuam a achar bem quem faz horas extra e a "condenar" quem sai a horas certas, a 1ª mudança deveria começar por aí. Acabar com as horas extra. (Eu sei, muita gente ganha mais aqui nestas horas, mas a culpa mesmo é dos baixos ordenados. Ninguém faz extras por gosto).
Segunda mudança, porque não pôr toda a gente a trabalhar 35h como no público?
Eu sou-vos sincera, aqui a questão não é não gostar de trabalhar ou sei lá... Até porque gosto mesmo do que faço. Odeio estar parada.
Mas não acho produtivo 8h no mesmo local. Perde-se o foco ao longo do dia.
E sou sincera também, trabalho ainda mais rápido quando sei que o meu dia é mais curto.
E raramente faço horas e tenho o meu trabalho em dia.
Conclusões?
Fazer horas extra esporadicamente, ok! Fazer horas extra constantemente pode significar 3 coisas:
- Ou trabalho em excesso nessa pessoa e tem que ser revisto;
- falta de organização da mesma/concentração/etc;
- Demasiadas pausas ao longo do dia, pelos mais diversos motivos.
Fazer horas extra não significa que mais trabalho apareça feito:
Conheço muita boa gente que pára 50 vezes ao longo do dia, em cafés, conversas, fumar, etc... Depois chega às 18h e não saem. Perante a mentalidade normal dos patrões, isso é que é bom. Só que não. Nós vemos quantas pausas elas fazem e se fizessem menos e conversassem menos, o trabalho aparecia feito.
(Atenção que não alimento uma política laboral onde não se converse, não se conviva, nada disso. Mais uma vez, o meu trabalho está feito e eu farto-me de conversar, fazer piadas, etc).
Trabalhar 8h certas, também não garante o trabalho todo feito:
Uma vez que a nossa produtividade tende a vir a reduzir com o passar das horas.
Sou apologista, para já, duma redução de 40h laborais para as 35h.
Fazia toda uma grande diferença. E sou apologista por mais trabalho remoto, para quem é possível.
6 comentários:
Parece-me uma questão mais complexa do que afirma, Cláudia. Que depende de muitos factores. Claro que, da parte dos trabalhadores, nada contra.
Isso das pausas é muito real... no meu antigo trabalho tinha um colega que demorava aos 40 min na casa de banho, só de uma vez. Mas também chegava à hora de saída e saía loguinho! nem mais um minuto.
Tens toda a razão, horas extra ou a mais de trabalho não significa maior eficácia, de modo nenhum.
Tudo muito verdade... tudo muito discutível.
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Saudações poéticas
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Eu sou pelos fins-de-semana de 7 dias...
O que faz aumentar a produtividade é a organização do trabalho. Muitas horas pode ser contraproducente.
Excelente crónica, gostei imenso.
Continuação de boa semana, amiga Cláudia.
Beijo.
Sou a favor das 35H, mas para quê se depois querem horas extras?
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Coisas de uma Vida
Beijos, boa tarde.
Poderia ser eu a escrever isto " Fazer horas extra não significa que mais trabalho apareça feito: Conheço muita boa gente que para 50 vezes ao longo do dia, em cafés, conversas, fumar, etc... Depois chega às 18h e não saem. Perante a mentalidade normal dos patrões, isso é que é bom. Só que não. Nós vemos quantas pausas elas fazem e se fizessem menos e conversassem menos, o trabalho aparecia feito."
Tratam de assuntos pessoais no horário de trabalho a toda a hora, é lares para os avós, marcação de exames para os pais, encontrar creche para os filhos, encomendar roupas, brinquedos, etiquetas para a escolinha....tudo serve para ocupar o horário de trabalho e assim depois saiem mais tarde para ficarem bem vistos....
ODEIO
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